29 março 2025
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JBS Atinge Recorde de R$ 417 Bilhões em 2024, Ultrapassando Expectativas de Lucro

Oito dias após o anúncio de um acordo com o BNDES, que eliminou um obstáculo ao plano de dupla listagem da JBS no Brasil e nos Estados Unidos, a empresa divulgou seus resultados financeiros consolidados de 2024 e do quarto trimestre, registrando crescimento em todas as linhas do balanço. Desde a divulgação do acordo, as ações da JBS apresentaram alta de quase 25%.

A JBS superou as previsões fornecidas ao mercado, alcançando uma receita líquida de R$ 417 bilhões, o que representa um aumento de 15% e o maior faturamento da sua história. O Ebitda ajustado atingiu R$ 39 bilhões em 2024, mais que o dobro do resultado do ano anterior. As estimativas anteriores indicavam uma receita líquida de R$ 412 bilhões e um Ebitda ajustado entre R$ 37 bilhões e R$ 38 bilhões.

Além disso, a companhia reportou resultados significativos em diversas outras áreas do balanço. O lucro líquido foi de R$ 9,6 bilhões, revertendo um prejuízo de R$ 1,061 bilhão registrado em 2023. A geração de caixa livre no fechamento de 2024 alcançou R$ 13,2 bilhões, sendo sete vezes maior que no ano anterior e a segunda maior na história da empresa.

Em relação ao endividamento, houve uma redução de 4,42 vezes para 1,89 vez em dólar, ao comparar o quarto trimestre de 2023 com o mesmo período deste ano. Simultaneamente, a JBS distribuiu R$ 6,6 bilhões em dividendos e realizou investimentos de R$ 7,7 bilhões em 2024.

Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS, afirmou que a empresa conseguiu proporcionar crescimento e valor simultaneamente enquanto reduzia o endividamento. No quarto trimestre de 2024, a receita líquida foi de R$ 116,7 bilhões, e o Ebitda ajustado registrou R$ 10,8 bilhões. O lucro líquido nesse período foi de R$ 2,4 bilhões, e a geração de caixa livre foi de R$ 5,3 bilhões.

O CEO destacou duas operações que apresentaram resultados abaixo do esperado em 2023 e mostraram sinais de recuperação em 2024: JBS Beef North America e Seara. No caso da JBS Beef North America, a receita líquida foi de R$ 131,3 bilhões, com um aumento de 13%, e o Ebitda ajustado alcançou R$ 1,4 bilhão, um crescimento de 149%.

Por sua vez, a Seara atingiu uma receita líquida de R$ 47,4 bilhões, representando um aumento de 15%, enquanto o Ebitda ajustado foi de R$ 8,4 bilhões, com uma expansão de 366%. A margem Ebitda passou de 6,6% no quarto trimestre de 2023 para 19,8% no quarto trimestre de 2024.

Tomazoni elogiou a recuperação da Seara e ressaltou que ainda há oportunidades de crescimento e melhorias na gestão. Uma prova dessa recuperação foi a emissão, em março de 2024, de R$ 805 milhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) em três séries, sendo a série de 30 anos a operação mais longa do mercado de capitais brasileiro.

A Pilgrim’s teve o melhor ano de sua história, com a margem subindo de 9,8% para 14,7%. A JBS Brasil também obteve uma margem de 7,7% no ano, impulsionada pelo aumento nas vendas de bovinos.

Agora, a atenção do mercado se volta para a expectativa da dupla listagem da JBS. A empresa aguarda o término dos questionamentos da SEC (Securities and Exchange Commission) para solicitar seu registro nos Estados Unidos, após o que será necessária a convocação de uma assembleia para ratificar essa decisão. Tomazoni evitou prever uma data específica para esse evento, embora seja acreditado no mercado que a JBS possa ser listada na Bolsa de Nova York e na B3 até o final do ano. A expectativa é que a listagem nos Estados Unidos possibilite à JBS negociar com múltiplos semelhantes aos de seus concorrentes, o que poderia valorizar ainda mais a companhia.

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