O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, declarou em 18 de agosto que há otimismo quanto à possibilidade de um fim para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Essa declaração foi feita durante um encontro com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que ocorreu pela segunda vez em um intervalo de 24 horas. Vance se reuniu com Meloni em Washington no dia anterior e, posteriormente, os dois viajaram para a capital italiana em preparação para o feriado de Páscoa. Ele mencionou que queria atualizar a primeira-ministra sobre as últimas negociações entre as partes conflitantes, destacando que havia avanços significativos a relatar.
Vance também declarou que, dado que as negociações estão em andamento, seria prematuro fazer previsões. No entanto, expressou esperança de que um desfecho para esta guerra brutal possa ser alcançado. Horas antes de suas declarações, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, havia indicado que o presidente dos EUA, Donald Trump, poderia desistir de buscar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia em breve, caso não surgissem sinais claros de progresso nas conversações.
O conflito na Ucrânia, que se intensificou com a invasão russa em fevereiro de 2022, continua a ser assinalado por episódios de violência e numerosas vítimas civis. Recentemente, dois mísseis balísticos russos atingiram a cidade de Sumy, no norte da Ucrânia, resultando na morte de 34 pessoas e deixando 117 feridas, marcando o ataque mais letal do ano até o momento. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condenou a ofensiva e renovou seu apelo por ações mais firmes contra Moscou. Zelensky também convidou o presidente dos EUA, Donald Trump, a visitar a Ucrânia, deixando claro seu receio quanto ao apoio contínuo dos EUA a longo prazo, apesar de reconhecer sua importância como parceiro estratégico.
Zelensky e Trump já haviam tido uma reunião tensa anteriormente, que foi marcada por um embate verbal na presença da imprensa. O presidente ucraniano solicitou ao governo dos EUA que participasse de um esforço internacional pela paz, especialmente no que diz respeito à proteção do espaço aéreo ucraniano. A Rússia, por sua vez, nega ter como alvo cidadãos civis, embora milhares tenham sido mortos ou feridos desde o início da invasão. Os russos controlam atualmente cerca de 20% do território ucraniano, especialmente nas regiões leste e sul do país.
A Ucrânia está colaborando com parceiros internacionais para reunir informações sobre supostos crimes de guerra, e o Tribunal Penal Internacional está investigando esses casos. Durante a administração Trump, os Estados Unidos mantiveram diálogos com representantes tanto da Rússia quanto da Ucrânia na busca por um fim às hostilidades. Apesar de acordos de cessar-fogo terem sido anunciados, os ataques entre as partes continuam a ocorrer. O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir a possibilidade de um acordo de paz, mas os recentes ataques demonstram a fragilidade dos esforços de mediação e a persistência do conflito.
