28 março 2025
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Jornalista Acidentalmente Recebe Documento Confidencial dos EUA sobre Conflito com Rebeldes Houthis

A Casa Branca confirmou, nesta segunda-feira, que um jornalista foi adicionado a um grupo de mensagens onde o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, e outros altos oficiais discutiam ataques planejados contra os rebeldes huthis no Iêmen. O presidente Donald Trump comentou que não tinha conhecimento sobre essa suposta falha de segurança, afirmando: “Não sei de nada sobre isso” ao ser questionado por repórteres. Ele afirmou estar tomando conhecimento da situação pela primeira vez no momento da coletiva.

O editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, revelou ter recebido informações sobre os planos de ataque horas antes através de um grupo no aplicativo Signal. Embora não tenha fornecido detalhes específicos sobre o plano, Goldberg mencionou que Hegseth enviou dados sobre os ataques, incluindo alvos, armamentos que seriam utilizados e o acompanhamento do ataque. Ele destacou que, segundo informações de Hegseth, as primeiras explosões no Iêmen ocorreriam duas horas após a notificação, às 13h45, horário do leste dos Estados Unidos, um cronograma que foi confirmado posteriormente.

Goldberg relatou que foi adicionado ao grupo dois dias antes do ataque e que recebeu mensagens de outros altos funcionários do governo indicando os representantes que trabalhariam no assunto. Em uma conversa no dia 14 de março, uma pessoa identificada como o vice-presidente JD Vance expressou hesitação em relação aos ataques, mencionando um descontentamento com a ideia de “resgatar a Europa novamente”, uma vez que as ações dos huthis afetavam mais os países europeus do que os Estados Unidos.

Membros do grupo, incluindo o conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz e Hegseth, defenderam a posição de que apenas Washington dispunha da capacidade necessária para executar a missão. Hegseth também compartilhou com Vance um sentimento de aversão em relação ao apoio europeu. Uma pessoa identificada como “S M”, possivelmente o assessor de Trump Stephen Miller, argumentou que, caso os Estados Unidos conseguissem restaurar a liberdade de navegação a um alto custo, deveria haver algum benefício econômico em retorno.

Os rebeldes huthis, que têm controle sobre grande parte do Iêmen há mais de uma década, fazem parte de uma aliança de resistência de grupos pró-iranianos que se opõem a Israel e aos Estados Unidos. Eles têm realizado uma série de ataques com drones e mísseis contra embarcações que transitam pelo Mar Vermelho e pelo Golfo de Áden, justificando suas ações como manifestações de solidariedade aos palestinos em decorrência do conflito em Gaza.

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