Uma jovem de 20 anos registrou uma denúncia contra dois policiais militares em Diadema, São Paulo, por suposto estupro após aceitar uma carona na viatura. Em vídeos gravados após o incidente, a jovem acusou os agentes de abuso e de estarem sob efeito de bebidas alcoólicas. A mãe da vítima informou que sua filha foi abandonada descalça e sem seus pertences pessoais após o ocorrido. Os policiais, em contrapartida, afirmaram que a jovem foi deixada em um ponto de ônibus. Nos registros, a jovem demonstrou sua indignação, reprovando a conduta dos PMs.
De acordo com informações veiculadas, durante o episódio, os policiais utilizavam câmeras corporais, mas as removeram por cerca de uma hora, resultando na falta de imagens que poderiam ser importantes para a investigação. A mãe da jovem contestou a versão apresentada pelos policiais, declarando que eles deixaram sua filha sem documentos e descalça. Ela questionou: “Por que colocaram minha filha para fora da viatura e roubaram todos os pertences dela, incluindo documentos, bolsa, óculos de grau e o iPhone? Por que ficaram com o telefone dela? Ela tinha vídeos que não conseguiu nos enviar, o que pode servir como prova”.
A mãe caracterizou a situação como um pesadelo, ressaltando que, independentemente do estado da jovem — se estava sob efeito de álcool ou em tratamento —, isso não justifica o que ocorreu. Ela mencionou que a filha vinha de um evento de carnaval e apontou uma comparação: “É o mesmo que dizer que uma mulher foi estuprada porque usava roupa curta”. A jovem pedia ajuda para carregar o iPhone, que estava sem bateria, e a mãe ressaltou que, se o policial a encontrou em uma situação vulnerável, deveria ter a encaminhado para um pronto-socorro ou uma delegacia, em vez de dar voltas com ela na viatura. A mãe relatou que ambos os policiais abusaram sexualmente da filha no banco traseiro.
Embora tenha sido mencionado que a jovem tem um histórico de problemas mentais, a mãe defendeu que isso não diminui a credibilidade do relato. A jovem passou por exames no Instituto Médico Legal e recebeu atendimento no Hospital da Mulher. A Secretaria da Segurança Pública do estado informou que os policiais foram detidos em razão das acusações de “abandono de posto” e “descumprimento de missão”.