sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Jovem sofre queimaduras graves causadas por Caravela-Portuguesa em praia no Paraná

Uma mulher de 29 anos sofreu queimaduras nas pernas causadas por uma Caravela-Portuguesa na Praia de Shangri-lá, localizada em Pontal do Paraná. O incidente ocorreu em novembro de 2024, durante um passeio da jovem com sua família, que visitava a praia após 20 anos sem ir ao local. Ela ainda carrega as cicatrizes deixadas pelo encontro com o animal. Em entrevista, relatou que a dor que sentiu é incomparável a qualquer outra experiência que já passou, mencionando que, apesar de ter sofrido ferimentos anteriormente, nada se igualou àquela sensação intensa. “Desejo voltar para a praia, mas não tão cedo. E não sei se terei coragem de voltar ao mar”, declarou.

No primeiro dia da viagem, Brenda observou algumas águas-vivas mortas na areia, mas não deu muita atenção a isso. O acidente ocorreu no dia seguinte, quando, junto à cunhada, decidiu ficar na parte rasa do mar, onde crianças estavam brincando. Tudo parecia tranquilo até que ouviu sua cunhada gritar sobre algo que queimava. Ao olhar para trás, percebeu que os tentáculos da Caravela haviam entrado em contato com ela e começou a sentir a ardência imediatamente.

Ao sair da água, ela ainda estava com os tentáculos presos em suas mãos, e sua mãe e irmão tentaram retirá-los, mas acabaram sentindo ardência também. Enquanto ela gritava de dor, um homem que estava ali derramou água fria na área queimada, o que, embora seja uma reação comum, não ajuda a aliviar os sintomas de queimadura. Brenda recebeu atendimento do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) e foi levada a uma unidade de saúde, onde recebeu quatro injeções e teve sua perna enfaixada. “Fui liberada com a orientação de retornar se sentisse qualquer sintoma, evitar o sol e usar pomada antialérgica”, comentou.

Depois do acidente, ela sofreu tanta dor que não conseguia vestir roupas sobre a perna comprometida. Uma semana mais tarde, já em Londrina, foi preciso retornar à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por causa de coceira intensa, onde recebeu uma injeção antialérgica e soro com corticoide. Posteriormente, foi liberada. “Dois meses depois, ainda aparecem as marcas, que não estão mais vermelhas, mas as pessoas continuam perguntando o que aconteceu quando uso shorts. Não tive mais sintomas, mas agora é uma questão estética”, explicou.

Ao sentir ardência ou avistar uma água-viva, recomenda-se sair imediatamente do mar e buscar o posto de guarda-vidas mais próximo. É essencial evitar o uso de água doce, urina ou outros líquidos sobre as queimaduras, pois a acidez da urina pode intensificar a dor e potencializar o risco de infecção. O recomendado é lavar a área afetada apenas com água do mar. Além disso, é aconselhável pedir vinagre no posto de guarda-vidas, pois este produto é reconhecido por ajudar a aliviar os sintomas. Dependendo da gravidade da situação, o guarda-vidas pode acionar uma ambulância para atendimento.

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