Durante um evento realizado com líderes sindicais, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, apresentou uma visão otimista sobre a economia do Brasil, especialmente no que se refere aos preços dos alimentos. Alckmin afirmou que os preços devem sofrer uma queda em breve, atribuindo o aumento recente à incidência de condições climáticas adversas e à valorização do dólar. Ele ressaltou que a economia brasileira está superando as expectativas, e que um clima propício neste ano pode levar a uma colheita abundante, o que ajudaria a reduzir os preços. Além disso, foi mencionada a prática do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, de excluir alimentos do cálculo da inflação devido à sua variabilidade causada por fatores climáticos.
O vice-presidente também discutiu a importância da democracia no Brasil, fazendo referências à situação política sem mencionar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele alertou que, caso Bolsonaro tivesse sido reeleito, o país poderia ter enfrentado uma ameaça à democracia. Alckmin destacou que regimes autoritários prometem direitos, mas não conseguem garantir nem mesmo os direitos básicos. Ele celebrou o estado democrático brasileiro, enfatizando que somente em uma democracia um trabalhador de fábricas, como o presidente Lula, poderia ser eleito em três ocasiões.
Outro tema que Alckmin abordou foi o processo de desindustrialização precoce que o Brasil enfrenta. Ele mencionou que o país se tornou economicamente inviável antes de alcançar um nível significativo de riqueza, o que representa um desafio considerável para o desenvolvimento econômico. Durante o encontro em São Paulo, as lideranças sindicais apresentaram diversas reivindicações, como o fim da escala de trabalho de 6 por 1 e a isenção do imposto de renda para salários de até R$ 5.000. Alckmin comentou que a redução da jornada de trabalho é uma tendência global, refletindo transformações nas relações de trabalho.
Apesar das previsões climáticas positivas, especialistas indicam que há desafios à frente, especialmente no setor agrícola. O orçamento para a agricultura previsto para 2025, que foi autorizado com atraso, mantém o mesmo valor do ano anterior, o que pode restringir o crescimento do setor. Ademais, o aumento das taxas de juros pode impactar negativamente o desenvolvimento agrícola, mesmo diante de condições climáticas favoráveis. Tais fatores ressaltam a importância de implementar políticas econômicas eficazes que garantam o crescimento e a estabilidade econômica do Brasil.