sábado, fevereiro 1, 2025
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Justiça penaliza oito membros do PCC por planejamento criminoso

A Justiça Federal do Paraná impôs penas que variam de cinco a 14 anos e nove meses de reclusão a oito membros da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) por elaborarem um plano para sequestrar o ex-juiz e atual senador Sergio Moro. A decisão foi proferida pela juíza federal substituta da 9ª Vara Federal de Curitiba.

Os condenados incluem Claudinei Gomes Carias, que recebeu a pena máxima de 14 anos e nove meses, e Franklin da Silva Correa, além de Herick da Silva Soares, ambos sentenciados a 11 anos, quatro meses e quinze dias. As penas para Aline Arndt Ferri, Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui e Aline de Lima Paixão foram de 8 anos, seis meses e dezessete dias. Hemily Adriane Mathias Abrantes e Oscarlina Lima Graciote foram sentenciadas a 5 anos, cinco meses e sete dias de prisão.

A decisão judicial também declarou extinta a punibilidade de Janeferson Aparecido Mariano Gomes e Reginaldo Oliveira de Souza, considerados líderes da quadrilha, devido a suas mortes enquanto estavam encarcerados. Além disso, três outros réus foram absolvidos. Essas condenações são resultado de investigações realizadas na Operação Sequaz, conduzida pela Polícia Federal em março de 2023, que desmantelou a organização criminosa e revelou os planos para o sequestro de Moro e outras autoridades.

O esquema de sequestro incluía várias etapas, como locação de imóveis e veículos, vigilância do alvo, compra de armas, utilização de uma linguagem própria (onde Moro era nominado como “Tokio”), divisão de responsabilidades e um detalhado controle financeiro. A motivação para o sequestro decorre das decisões de Moro durante seu período como ministro no governo anterior, que incluíram a transferência de membros do PCC para penitenciárias federais de alta segurança e restrições a visitas íntimas.

Sergio Moro manifestou sua satisfação com a sentença nas redes sociais. Em uma postagem em seu perfil, ele expressou gratidão aos órgãos envolvidos, incluindo o Ministério Público e as forças de segurança. “É necessário descobrir quem encomendou o crime, e a investigação da PF deve prosseguir nesse sentido. Irei solicitar providências ao Ministro da Justiça nesse aspecto,” declarou.

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