A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de prisão temporária de Daniel Lucas Pereira, que está sendo investigado pela morte de Vitória Regina, uma jovem de 17 anos, em Cajamar, região metropolitana de São Paulo. A decisão foi proferida no mesmo ato em que foi autorizada a prisão de Maicol dos Santos, o primeiro suspeito detido por possível participação no desaparecimento e falecimento da jovem. Conforme a juíza, até o momento, a única relação de Daniel com o caso é o registro de uma fotografia do veículo de Maicol, o qual já era conhecido por imagens de câmeras de segurança onde Vitória desapareceu.
Embora a prisão de Daniel tenha sido negada, a Justiça emitiu mandados de busca e apreensão nas residências de ambos, Maicol e Daniel. A determinação judicial inclui a autorização para o arrombamento de portas e outros acessos, caso a equipe de investigação encontre obstruções para cumprir as ordens.
Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos, foi preso após contradições em seu depoimento. Ele estava sob suspeita de envolvimento na morte de Vitória Regina. O mandado de prisão foi emitido pela Justiça de São Paulo após um pedido da polícia na tarde do último sábado. Durante seu interrogatório, Maicol afirmou estar em casa com sua esposa na noite do desaparecimento de Vitória, mas sua esposa contradisse essa afirmação, alegando que estava na casa da mãe e que só encontrou o marido no dia seguinte.
Além disso, depoimentos de vizinhos indicaram movimentações suspeitas nas proximidades da residência de Maicol na noite do crime, uma vez que seu veículo, um Toyota Corolla, não estava na via, onde geralmente é estacionado. Em resposta a afirmações de que o carro estava na garagem, os investigadores não foram convencidos e requisitaram a prisão de Maicol, que foi aceita pela Justiça, com a indicação de que existem evidências suficientes para a detenção temporária por um prazo de pelo menos 30 dias.
Na decisão, a juíza Juliana Diniz Junqueira indicou que há indícios substanciais do envolvimento de Maicol no crime, afirmando que todos os caminhos investigativos levam a essa conclusão. A contradição em seu depoimento foi vista como uma possível tentativa de obstruir as investigações. Ela também expressou preocupações de que o suspeito poderia influenciar outros testemunhos, o que justifica a necessidade da prisão temporária.
Os policiais também solicitaram a detenção temporária de Daniel Lucas Pereira, no entanto, a juíza indeferiu a solicitação. Ela apontou que a única conexão de Daniel com o caso havia sido esclarecida temporariamente e destacou que ele, até este momento, tinha colaborado com a investigação. A magistrada advertiu que qualquer conduta que obstruísse as investigações poderia resultar em uma renovação do pedido de prisão.
