Questionado por jornalistas sobre sua presença no tribunal, o rapper Kanye West, agora conhecido como Ye, acenou com a cabeça, sem confirmar se estava lá para apoiar Sean “Diddy” Combs, que enfrenta um julgamento por tráfico sexual.
Ye fez sua aparição no tribunal federal de Manhattan em Nova York, onde chegou vestido de branco e acompanhado por Christian Combs, filho de Diddy. Assim que chegou ao local, ele foi impedido de entrar na sala principal do julgamento, que tem acesso controlado e é restrito a familiares, advogados e jornalistas credenciados.
A presença de Ye no tribunal durou cerca de 40 minutos. Após passar pelo controle de segurança, ele respondeu a perguntas sobre seu apoio a Combs apenas com um aceno de cabeça, sem dar mais detalhes. Como não estava na lista de convidados da defesa, foi direcionado a uma sala no 23º andar, onde acompanhou o julgamento por vídeo, ao lado de Christian e outros apoiadores. Sua saída foi abrupta, sem novas declarações, e ele deixou o local em um sedã preto. Sua esposa, Bianca Censori, não foi vista.
A visita de Ye ocorreu um dia após o testemunho de uma mulher identificada como “Jane”, que relatou ter viajado com um renomado artista da indústria musical, amigo próximo de Combs, para Las Vegas em janeiro de 2023. Embora o nome do rapper não tenha sido revelado, seu envolvimento foi mencionado em audiência fechada. Jane descreveu eventos sociais com o artista e um incidente em que ele fez comentários de natureza sexual durante uma festa.
Sean Combs, de 55 anos, está enfrentando acusações de tráfico sexual e crime organizado, com alegações de que abusou de sua fama, riqueza e violência para explorar mulheres ao longo de duas décadas. Ele se declarou inocente, com sua equipe jurídica argumentando que o governo está tentando criminalizar relações consensuais entre adultos.
O juiz Arun Subramanian também anunciou a possibilidade de substituir um jurado após inconsistências em seu endereço. O jurado havia afirmado residir no Bronx, mas posteriormente informou uma mudança para Nova Jersey. A defesa de Combs criticou essa decisão, alegando que seria uma tentativa dissimulada de remover um jurado negro. O juiz, no entanto, assegurou que a diversidade do júri seria mantida. O julgamento continuará na próxima semana, com a apresentação da defesa.