11 março 2025
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Leila Pereira Propõe Mudança para Concacaf em Conflito com a Conmebol

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sugeriu que os clubes brasileiros considerem mudar sua filiação da Conmebol para a Concacaf. Essa proposta surge após a Conmebol impor uma punição mínima ao Cerro Porteño em relação a um caso de racismo que ocorreu na semana passada. Leila afirmou: “Já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime e não trata os brasileiros com a devida importância, por que não pensar em nos filiarmos à Concacaf? Assim, talvez eles passem a respeitar o futebol brasileiro”.

Além dessa posição, o Palmeiras recebeu apoio da Libra e da Liga Forte União (LFU) na luta contra a discriminação racial no futebol sul-americano. No dia 10 de abril, o clube enviou uma carta à FIFA solicitando a intervenção da entidade na luta contra os frequentes casos de racismo nas competições da América do Sul. Leila também mencionou que uma reunião com outros clubes ocorreria na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na quarta-feira, dia 12. Ela mencionou: “Estarei conversando com os clubes presentes e com o Ednaldo. Essa é uma semente a ser plantada. Se não somos respeitados na América do Sul, por que não considerar a Concacaf? Financeiramente, seria mais vantajoso para os clubes brasileiros”.

O incidente em questão ocorreu durante a partida em que o Palmeiras venceu o Cerro Porteño por 3 a 0, na Libertadores Sub-20. Durante a saída de campo, o jogador Figueiredo foi alvo de imitações de macaco por parte de um torcedor. Luighi, que também saiu da partida, foi chamado de macaco pelos mesmos torcedores. Ao alertar o árbitro Augusto Menendez sobre a situação, o oficial ignorou a denúncia e permitiu que o jogo prosseguisse.

Após o jogo, Luighi se manifestou nas redes sociais, expressando sua dor e indignação. O jogador compartilhou: “Dói na alma. E é a mesma dor que todos os pretos sentiram ao longo da história. O episódio de hoje deixa cicatrizes e precisa ser tratado como crime. Até quando? É a pergunta que espero não precisar fazer no futuro. Por enquanto, seguimos lutando”.

Na manhã seguinte, o Cerro Porteño, clube que sediou o confronto contra o Palmeiras, emitiu um comunicado lamentando o ocorrido, mas sem especificar ações concretas contra os torcedores responsáveis pelos atos racistas. Na declaração, a instituição manifestou seu repúdio a todas as formas de racismo, xenofobia e discriminação, pedindo apoio dos envolvidos no futebol e da sociedade para promover um ambiente esportivo saudável. O clube também expressou solidariedade ao jogador Luighi, reiterando seu compromisso em condenar qualquer conduta discriminatória dentro e fora do futebol.

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