Leila Pereira, presidente do Palmeiras, informou que ainda não recebeu uma resposta da FIFA sobre a punição aplicada pela Conmebol ao Cerro Porteño em decorrência de um episódio de racismo na Copa Libertadores Sub-20. “Nós peticionamos para a Conmebol e consideramos a punição ridícula, assim como todos os envolvidos. Entramos em contato com a FIFA, mas até o momento não obtivemos retorno”, declarou a presidente antes da cerimônia de premiação do Campeonato Paulista na sexta-feira, 28.
Além disso, Leila Pereira destacou que recebeu a visita de uma senadora paraguaia, que manifestou preocupação com a situação do racismo no Paraguai, onde essa prática não é considerada crime, mas sim uma infração. A senadora se mostrou disposta a trabalhar em um projeto de lei que visa classificar o racismo como crime.
No dia 6 de março, os jogadores do Palmeiras foram alvos de ataques racistas durante uma partida contra o Cerro Porteño na Copa Libertadores Sub-20. O atacante Luighi chegou a demonstrar sua tristeza em uma entrevista após o jogo. As punições impostas pela Conmebol ao Cerro Porteño incluíram uma multa de 50 mil dólares (aproximadamente R$ 290 mil), a realização de jogos da Libertadores Sub-20 com portões fechados e a exigência de que o clube publique uma campanha de conscientização contra o racismo nas redes sociais.
O Palmeiras emitiu uma nota em que expressa sua discordância em relação às punições, considerando-as “extremamente brandas” e “inócuas” diante da gravidade do ocorrido, além de serem “insuficientes para combater casos de racismo no futebol sul-americano”.