Quase 200 prisioneiros palestinos foram soltos neste sábado (1º) em troca de três reféns israelenses, como parte de um acordo destinado a terminar o conflito entre o Hamas e Israel em Gaza. Dentre os libertados, 150 foram levados para Gaza e 32 para Ramallah, na Cisjordânia ocupada, onde foram recebidos por grandes multidões. Um dos prisioneiros libertados será exilado no Egito, conforme informações da assessoria de comunicação dos prisioneiros do Hamas. Eles deixaram as prisões israelenses poucas horas após os reféns Yarden Bibas, Ofer Kalderon e Keith Siegel serem entregues à Cruz Vermelha em Gaza e, em seguida, retornarem a Israel.
Uma delegação do Hamas está prevista para viajar ao Egito na próxima semana, conforme informado por uma autoridade. A quantidade total de reféns entregues até agora pelo Hamas sobe para 18, incluindo cinco tailandeses que foram parte de uma rodada de liberações ocorrida na quinta-feira (30). Até agora, após a troca deste sábado (1º), Israel libertou um total de 583 prisioneiros palestinos.
Israel tem realizado intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após a invasão do Hamas ao país, que resultou na morte de 1.200 pessoas, segundo registros israelenses. Além disso, o Hamas mantém dezenas de reféns. O grupo não reconhece Israel como Estado e reivindica o território israelense para a Palestina. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, garantiu várias vezes que pretende destruir as capacidades militares do Hamas e libertar os indivíduos detidos em Gaza. Além das operações aéreas, o Exército de Israel tem realizado incursões terrestres no solo palestino, o que levou a um deslocamento significativo da população de Gaza. A ONU e diversas organizações humanitárias têm alertado para uma situação humanitária crítica na região, caracterizada pela escassez de alimentos, medicamentos e pelo aumento de doenças.
