A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e a Liga Forte União (LFU) planejam intensificar as discussões que visam a criação de uma liga única para a gestão do futebol nacional nos próximos meses. Recentemente, houve um avanço significativo com a aprovação da formação do “Comitê de Integração de Ligas” em uma Assembleia Geral realizada pela Libra. As conversas serão lideradas pelos clubes Palmeiras, Paysandu, Red Bull Bragantino e Santos.
O presidente da LFU, Marcelo Paz, que também exerce a função de CEO do Fortaleza, expressou satisfação com essa nova etapa. Ele enfatizou que a LFU sempre esteve a favor da implementação de uma liga unificada e considera esse ato como um progresso importante nesse sentido. Paz destacou a força coletiva dos clubes e a crença de que essa abordagem é a melhor alternativa para o desenvolvimento do futebol brasileiro.
Na semana anterior, a LFU finalizou a venda do último pacote de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, que se estende de 2024 a 2029. Já a Libra havia firmado um acordo exclusivo com a Globo em fevereiro de 2024. Ambas as partes chegaram a negociações envolvendo valores bilionários, mas perceberam que as quantias poderiam ser ainda mais elevadas se as tratativas fossem realizadas em conjunto. Estima-se que, em média, os clubes da LFU receberão R$ 1,7 bilhão por temporada até 2029, enquanto os da Libra concordaram com um contrato na ordem de R$ 1,117 bilhão.
A aproximação entre Libra e LFU se deu paralelamente ao fechamento da negociação por parte da LFU. Publicamente, as duas ligas demonstraram sintonia ao divulgar um comunicado em conjunto sobre a Lei da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Além disso, a Assembleia Geral da Libra também determinou a criação de um Comitê de Negócios e de um Comitê da Série B. Os clubes Flamengo, Atlético Mineiro, São Paulo, Palmeiras, Brusque e Bahia farão parte do primeiro grupo, enquanto Paysandu, Remo e Volta Redonda integrarão a segunda comissão.
André Rocha, CEO do RB Bragantino, foi eleito como representante legal dos clubes. Silvio Matos foi designado como diretor executivo, assumindo diversas atribuições, com o objetivo de acelerar os trabalhos dos comitês e auxiliar nas negociações comerciais relativas a direitos internacionais e outras propriedades da Libra.