sábado, fevereiro 1, 2025
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Líder extremista por trás de ataque recente ao C…

Logo após a sua cerimônia de posse, na última segunda-feira, 20, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu “perdão total” a cerca de 1.500 indivíduos que participaram da invasão ao Capitólio, a sede do Congresso americano, em uma tentativa frustrada de obstruir a certificação da vitória de Joe Biden em 2021. Entre aqueles que receberam o perdão está o ex-líder do grupo de extrema direita Proud Boys, Enrique Tarrio, que teve um papel significativo na organização do ataque.

Enrique Tarrio, que chefiava a organização predominantemente masculina, foi condenado a 22 anos de prisão por sua participação no ato que resultou na morte de sete pessoas e causou danos que ultrapassaram 2,8 milhões de dólares. Sua pena foi a mais severa imposta a qualquer um dos envolvidos na invasão.

“Este é um momento fundamental na vida do nosso cliente e representa uma virada para o nosso país. Estamos esperançosos em relação ao futuro, pois agora estamos deixando para trás esse capítulo, prontos para abraçar novas oportunidades e possibilidades”, afirmou o advogado de Tarrio em um comunicado.

De acordo com a determinação de Trump, todos aqueles que foram investigados pela invasão ou por crimes associados ao ataque, ocorridos entre 6 e 20 de janeiro de 2021, têm seus atos perdoados.

Quem é Enrique Tarrio? Ele já era uma figura proeminente da extrema direita nos Estados Unidos antes da invasão do Capitólio e participou de diversos protestos violentos, incluindo o trágico evento neonazista em Charlottesville, Virgínia, em agosto de 2017. Tarrio assumiu a liderança do Proud Boys em 2018, após a saída do fundador do grupo, Gavin McInnes.

Tarrio não estava presente em Washington no dia 6 de janeiro, pois havia sido banido da capital poucos dias antes por um juiz local, em decorrência de acusações relacionadas a atos de vandalismo contra uma igreja afro-americana durante uma manifestação pró-Trump. No entanto, autoridades federais afirmam que ele foi essencial para mobilizar centenas de membros do Proud Boys a se unirem ao ataque e que teria se comunicado frequentemente com outros integrantes do grupo durante a invasão.

Durante o julgamento de Tarrio e de outros quatro membros do Proud Boys, os promotores destacaram que o grupo extremista estava “ansioso por violência e se organizando para atuar” após a derrota de Trump nas eleições presidenciais de 2020. Os membros do grupo teriam invadido o Capitólio “para manter seu líder favorito no cargo, independentemente do que a lei ou os tribunais dissessem”.

Neste ano, na data que marcava quatro anos desde a invasão do Capitólio, Tarrio pediu a Trump, ao assumir novamente a Casa Branca, o perdão total por suas ações. O ex-líder do Proud Boys afirma que foi injustamente condenado durante a gestão do presidente Joe Biden.

Com a libertação de Tarrio, o futuro do grupo permanece incerto. Após os eventos de 6 de janeiro, a organização desmantelou sua liderança nacional e se afastou em grande parte das manifestações.

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