Em 18 de março, as forças de defesa de Israel intensificaram suas operações aéreas e terrestres em Gaza, após um intervalo de quase dois meses na confrontação com o Hamas. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, fez um apelo nesta quarta-feira (13) exigindo que o Hamas libertasse todos os reféns, alegando que a retenção dos prisioneiros fornece a Israel uma justificativa para os ataques a Gaza. Durante esses confrontos, equipes de emergência localizaram corpos carbonizados em meio aos bombardeios israelenses. De acordo com informações da Defesa Civil da Faixa de Gaza, pelo menos 18 pessoas perderam a vida devido a ataques israelenses no território.
Em sua declaração em Ramallah, a sede da Autoridade Palestina na Cisjordânia ocupada, Abbas destacou que “o povo palestino está arcando com as consequências, e não Israel”. Ele pediu que seus conterrâneos fossem liberados, enfatizando que as relações entre seu partido, o Fatah, e o Hamas apresentam tensões marcadas por divisões políticas e ideológicas profundas que persistem há quase duas décadas. Apesar do apelo de Abbas, Israel continuou com seus bombardeios, que resultaram na morte de pelo menos 11 pessoas em um ataque direcionado a uma escola que abrigava deslocados na Cidade de Gaza. Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil, informou que o ataque desencadeou um incêndio significativo no local e vários corpos carbonizados foram encontrados.
A Defesa Civil também reportou mais três mortes em outras operações de bombardeio. Até o momento, o Exército israelense não comentou sobre os eventos recentes. Desde que as ofensivas israelenses foram reiniciadas em março, o número de mortos em Gaza superou 1.928, conforme dados do Ministério da Saúde local, que está sob a administração do Hamas. No total, a guerra resultou em aproximadamente 51.305 fatalidades. O ataque do Hamas, que iniciou o conflito em 7 de outubro de 2023, levou à morte de 1.218 pessoas, a maioria delas civis, de acordo com avaliações da AFP fundamentadas em informações oficiais israelenses. Das 251 pessoas sequestradas no início do conflito, 58 ainda permanecem em cativeiro e 34 foram confirmadas como falecidas, conforme dados fornecidos pelo Exército de Israel.