Um líder paramilitar pró-Rússia, Armen Sarkisyan, foi morto em um ataque com bomba que atingiu um prédio de apartamentos de luxo em Moscou na segunda-feira, dia 3. A informação foi veiculada pela agência de notícias estatal TASS e por outros meios de comunicação russos. O ataque foi classificado pela TASS como um assassinato premeditado. A detonação ocorreu quando Sarkisyan, acompanhado por seus seguranças, acessou o porão do complexo conhecido como “Scarlet Sails”, localizado às margens do rio Moskva, a cerca de 12 km do Kremlin, conforme relatado pela imprensa local. Um dos guarda-costas foi morto e outros três ficaram feridos, segundo o jornal Kommersant.
As autoridades destacaram que a ação que resultou na morte de Sarkisyan foi meticulosamente planejada e executada. Investigações estão em andamento para identificar os responsáveis pela ordem do crime, conforme informado por um policial em declarações à TASS.
Baza, um canal do Telegram vinculado a fontes nos serviços de segurança da Rússia, divulgou um vídeo que retrata os extensos danos causados à entrada do edifício atingido. Repórteres da Reuters que estiveram presentes no local observaram janelas quebradas e um helicóptero aparentemente evacuando os feridos, além de uma considerável presença policial na área.
Em dezembro, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) havia classificado Sarkisyan como um líder do crime organizado na região de Donetsk, que está sob controle de Moscou desde 2014. Ele tinha sido oficialmente considerado suspeito de envolvimento e apoio a “grupos armados ilegais”. Além disso, foi mencionado que Sarkisyan havia formado uma unidade militar pró-russa composta por ex-detentos locais e se responsabilizava pela aquisição de suprimentos para as forças da linha de frente.
Mediazona, uma agência russa independente que oferece cobertura sobre assuntos policiais, reportou que Sarkisyan, de origem armênia, era um representante estabelecido do crime organizado na cidade de Horlivka, situada na região de Donetsk.
