O chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, declarou no último sábado que incentivou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a buscar uma forma de restabelecer seu relacionamento com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essa recomendação ocorreu após um encontro que ambos tiveram na Casa Branca na sexta-feira, o qual Rutte considerou “infeliz” e que deteriorou o relacionamento entre Kiev e seu principal apoiador militar.
Rutte afirmou em uma entrevista que é fundamental para o futuro da Ucrânia que Zelensky consiga restaurar seus vínculos com o governo norte-americano. Ele mencionou que respeitar as ações de Trump em relação à Ucrânia é crucial, destacando que, em 2019, Trump forneceu mísseis antitanques que foram determinantes para a resistência das forças ucranianas após a invasão russa. Rutte enfatizou que, sem esse suporte militar, a situação da Ucrânia poderia ser drasticamente diferente no início da invasão total em 2022.
Ao ser questionado sobre as recíprocas acusações entre Trump e Zelensky, o líder da Otan optou por não se aprofundar no tema, reiterando que os Estados Unidos permanecem comprometidos com a aliança militar e com o princípio da defesa mútua estabelecido no Artigo 5 do tratado. Rutte também descreveu Trump como um amigo, mas não se posicionou diretamente em relação às alegações feitas por Trump sobre um possível envolvimento de Zelensky em uma futura guerra mundial.
Rutte expressou confiança de que os Estados Unidos estão comprometidos em buscar uma paz duradoura para a Ucrânia, mencionando a importância de uma colaboração conjunta entre as partes. Quando questionado sobre o papel dos aliados da Otan, caso os Estados Unidos decidam revisar seu suporte militar, Rutte ressaltou a necessidade de unidade entre EUA, Ucrânia e Europa em prol de um objetivo comum: a paz na Ucrânia.
