O governo federal divulgou, no dia 28 de abril, uma medida provisória que estabelece um aumento de 9% no soldo dos militares das Forças Armadas. O soldo é considerado o elemento fundamental do salário dos militares, ao qual se adicionam diversas gratificações. O reajuste ocorrerá em duas etapas iguais: a primeira será implementada em abril e a segunda em janeiro de 2026. Este percentual de aumento é o mesmo concedido aos servidores públicos federais.
A assinatura da medida provisória se deu após longas negociações entre agosto e setembro de 2024, envolvendo o ministro da Defesa e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. O texto da Medida Provisória especifica que a alteração no salário dos militares está condicionada à aprovação da Lei Orçamentária Anual para 2025. Os recursos necessários para viabilizar o reajuste já estão incluídos no projeto orçamentário que foi enviado ao Congresso Nacional, com um impacto estimado de aproximadamente R$ 3 bilhões.
Militares da ativa, da reserva e pensionistas serão beneficiados com este aumento salarial, que abrangerá todas as categorias dentro das Forças Armadas, incluindo praças, soldados, cabos e aspirantes, além dos oficiais. Por exemplo, um soldado que atualmente recebe um soldo de R$ 1.926 terá seu valor reajustado para R$ 2.013 em abril e atingirá R$ 2.103 em 2026. Para um general, cujo soldo atual é de R$ 13.471, o valor inicial passará para R$ 14.077 e chegará a R$ 14.711 no início do próximo ano. Com os adicionais incluídos, o total pode alcançar até R$ 40 mil.
Historicamente, os militares receberam aumentos durante quatro anos após a implementação da reforma da Previdência das Forças, que ocorreu em 2019. No entanto, líderes das forças armadas afirmaram que os ganhos não acompanharam a inflação nos últimos anos. Em 2023, foi concedido um aumento significativo nas gratificações para os militares, que chegou a até 150%, beneficiando especialmente os oficiais de alta patente.
