O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta quarta-feira, 16 de agosto, da cerimônia em homenagem ao Dia do Exército e ao jubilee de 80 anos das vitórias da Força Expedicionária Brasileira. O evento, que ocorre em frente ao Quartel-General em Brasília, incluirá a entrega de medalhas e um desfile militar. Desde o início de seu terceiro mandato, a presença de Lula nesse ato tem sinalizado uma tentativa de aproximação com os militares. Um fator positivo assinalado neste encontro é o recente anúncio de um reajuste de 9% no soldo, que é a base salarial, para os membros das Forças Armadas.
Adicionalmente, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previsibilidade, atualmente em tramitação no Congresso, tem sido recebida de maneira favorável pelas Forças Armadas. Essa proposta busca incrementar, de forma gradual, os investimentos em Defesa Nacional para que alcancem, no mínimo, 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente, a destinação de recursos para a defesa é considerada insuficiente, uma avaliação que vem da alta cúpula do Exército. A PEC está sob a relatoria do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues.
Entretanto, existem questões que geram divergências internas nas Forças Armadas. Um exemplo é o projeto de lei que propõe o aumento da idade mínima para aposentadoria dos militares. A nova proposta estipula que os militares deverão ter pelo menos 55 anos para obter a aposentadoria. Enquanto essa legislação não for aprovada, os militares podem se aposentar sem uma idade mínima, desde que tenham cumprido 35 anos de serviço, garantindo o recebimento do soldo integral. A nova norma prevê uma transição, estipulando que, a partir de 1º de janeiro de 2032, a idade mínima para a transferência dos militares à reserva remunerada, a pedido, será de 55 anos.
O Dia do Exército é comemorado em 19 de abril, marcando a 1ª Batalha dos Guararapes, ocorrida em Pernambuco em 1648. Esse conflito envolveu habitantes locais de diversas etnias que se uniram para combater invasores estrangeiros. A vitória nesse embate é considerada um marco de união em prol de uma causa comum, onde brasileiros, armados e fardados, lutaram contra um inimigo partilhado. A celebração das conquistas de figuras históricas como André Vidal de Negreiros, Filipe Camarão e Henrique Dias, considerados heróis da Batalha de Guararapes, é vista como uma forma de preservar a memória e o respeito às tradições, conforme destacado em materiais promocionais do Exército relacionados ao evento.