sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Lula concede a Sidônio Palmeira uma autoridade singular

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) não é considerada um dos ministérios mais relevantes, embora seu titular se encontre frequentemente com o presidente da República e tenha um espaço reservado no Palácio do Planalto. Durante os primeiros dois anos do governo atual, a atuação da secretaria se limitou basicamente a operações institucionais, tornando-se um dos alvos mais criticados, inclusive por Lula.

A troca do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) pelo marqueteiro Sidônio Palmeira representa não apenas um esforço do presidente para elevar a qualidade da comunicação, mas também uma mudança no status do chefe da Secom. Com essa mudança, Sidônio assume uma posição de destaque, comparável à de outros ministros de alta relevância, como Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda).

Os sinais de autoridade de Sidônio foram claros na primeira reunião ministerial do ano, onde se destacou ao apresentar, com a aprovação de Lula, várias diretrizes para os demais membros do governo. Além disso, Sidônio recebeu luz verde para exigir ações de outros ministros, tanto para promover iniciativas que possam aumentar a popularidade quanto para prevenir crises de imagem. Esse trabalho já está sendo realizado, particularmente na área da Saúde.

A atuação de Sidônio, que teve papel ativo nas últimas campanhas presidenciais do PT, vai além da comunicação. Ele terá um lugar garantido nas reuniões que discutem projetos e programas prioritários. A pedido de Lula, o ministro esteve presente na reunião que decidiu sobre os vetos na legislação que regulamentou a reforma tributária. Antes mesmo de assumir oficialmente o cargo, Sidônio foi consultado sobre o pacote de cortes de gastos anunciados no final do ano anterior. Durante essa ocasião, defendeu a ideia de que o governo deveria dar visibilidade tanto às medidas de contenção de despesas quanto à proposta de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até 5 mil reais, ideia que não foi bem recebida no mercado.

De acordo com um ministro, o poder que Lula conferiu a Sidônio tem uma justificativa: o presidente está focado na reeleição e planeja ser candidato novamente. “Com o marqueteiro no Planalto, Lula ativou o modo campanha”, comentou. Em seu segundo mandato, o petista também designou para a Secom um profissional de grande prestígio político: o jornalista Franklin Martins, que, além de suas responsabilidades específicas, era um dos principais conselheiros políticos de Lula.

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