O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o governo brasileiro não consegue controlar os preços dos alimentos de forma imediata. Em comentários recentes, ele sublinhou que está havendo uma busca por mecanismos que visem a redução dos custos dos alimentos no país. Durante uma entrevista a uma emissora de rádio, Lula foi indagado sobre o aumento dos preços de produtos como ovos e café, mas reafirmou que o objetivo é baixar os preços de todos os alimentos disponíveis no mercado.
Lula observou que a realidade atual do Brasil é a de um grande exportador, que ele descreveu como “quase um supermercado do mundo”. Ele enfatizou que a exportação dos produtos não deve refletir em aumentos de preços internamente. O presidente mencionou especificamente a alta do preço dos ovos, afirmando que a caixa com 30 unidades a R$ 40 é inaceitável. Ele sugeriu a realização de encontros com atacadistas para discutir estratégias que possibilitem a redução desses valores, observando que a alta nos preços de produção não deve ser repassada integralmente ao consumidor brasileiro.
O presidente também referiu a recente queda nos preços da carne e expressou otimismo de que isso permitirá ao povo brasileiro retornar ao consumo de cortes mais nobres. Ele está convencido de que medidas poderão ser implementadas para que os preços voltem a refletir o poder aquisitivo dos trabalhadores. Additionally, mencionou que as condições climáticas desafiadoras do ano anterior, com eventos extremos de sol, calor e chuvas, impactaram na estabilização dos preços.
Lula mencionou ainda a influência da gripe aviária que afetou a produção nos Estados Unidos, levando o país a se tornar um importador de ovos brasileiros. Ele reiterou a necessidade de discutir a situação com os empresários do setor, reafirmando o desejo de manter a exportação, mas garantindo que a oferta interna para os brasileiros não seja comprometida. O presidente reconheceu que as mudanças não ocorrerão instantaneamente, mas teve certeza de que os preços serão ajustados progressivamente.
Por fim, Lula aproveitou para discutir suas previsões econômicas, acreditando que o Brasil terá um crescimento de 3,8% nos próximos anos, desafiando as expectativas pessimistas de especialistas do setor financeiro. Ele descreveu a inflação como razoavelmente controlada e comentou que o déficit fiscal do ano anterior foi quase nulo. Em seus comentários, ele expressou confiança de que a economia continuará a se expandir, com previsões de aumento salarial associado ao crescimento do salário mínimo.