O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou na quarta-feira (9) sobre a saída de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações, classificada como “saudável”. Além disso, Lula apontou Pedro Lucas Fernandes, líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, como um possível sucessor. No momento, Lula está em Honduras participando da 9ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Ao retornar ao Brasil, ele planeja se reunir com representantes do União Brasil e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para discutir a nomeação do novo ministro, caso seja necessário.
A indicação de Pedro Lucas como sucessor de Juscelino foi antecipada por veículos de comunicação, e a escolha contou com o apoio da liderança do partido e de figuras importantes que participaram de um encontro com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Pedro Lucas se aproximou do presidente durante uma recente viagem conjunta à Ásia com líderes do Legislativo.
A demissão de Juscelino Filho ocorreu na terça-feira (8) após ele ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por desvio de emendas parlamentares. As acusações incluem corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsidade ideológica, fraude a licitação e violação de sigilo em licitação. Caso a denúncia seja aceita, ele enfrentará julgamento pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula comentou que é uma prática saudável que um ministro resignado após uma denúncia do Procurador-Geral se afaste do governo, permitindo-lhe provar sua inocência e evitando comprometer as atividades governamentais. Ele enfatizou que a rotina de trabalho do governo é intensa e, ao mesmo tempo, expressou seu desejo de que Juscelino consiga demonstrar sua inocência.
O presidente também deixou claro que a saída de Juscelino não se encaixa no processo de mudanças que pretende implementar em seu governo e que não há um prazo definido para essas mudanças. Segundo Lula, qualquer decisão a respeito de alterações ministeriais é uma prerrogativa exclusiva do presidente da República, e ele efetuará a reforma ministerial no momento que julgar adequado.