O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, expressou críticas à “dependência digital” que os brasileiros têm em relação ao uso excessivo de celulares. Durante a cerimônia que anunciou os recursos destinados à COP-30, a ser realizada no Pará, o presidente fez observações indiretas sobre as grandes empresas de tecnologia e manifestou apoio à proibição do uso de celulares em salas de aula, indicando que os estudantes não devem ser tratados como “algoritmos”.
Lula destacou o comportamento de muitos usuários de smartphones, mencionando que alguns acordam cedo e, ao invés de manter interações com seus parceiros, optam por pegar o celular. Ele observou que isso acontece durante as refeições e até em momentos de socialização, como em um jantar, onde as pessoas ficam concentradas nos dispositivos em vez de desfrutar da companhia umas das outras. O presidente alertou para os perigos dessa dependência, afirmando que pode levar as pessoas a se tornarem meros “algoritmos” e enfatizou que essa situação não trará benefícios para a saúde.
Antes de fazer essas declarações, Lula mencionou o risco que a democracia enfrenta atualmente em todo o mundo, afirmando que existem indivíduos disseminando mentiras incessantemente. Ele expressou sua preocupação ao afirmar que a democracia está ameaçada por desinformação abundante. Além disso, elogiou a aprovação da legislação que proíbe o uso de celulares nas escolas, reforçando a ideia de que é fundamental que os jovens sejam preparados para serem mais humanos em vez de se comportarem como algoritmos.
O governo federal está realizando esforços para regular as redes sociais no Brasil. A Advocacia-Geral da União (AGU) tem tomado uma postura firme no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando celeridade no julgamento de ações que envolvem a responsabilização das plataformas. Paralelamente, está em estudo a elaboração de um novo projeto de lei para regulamentar as redes sociais, após a falha do projeto de lei sobre Fake News em 2023.
