O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva foram recebidos pelo imperador do Japão, Naruhito, e a imperatriz Masako, às 21h20 de segunda-feira, 24 de outubro, no horário de Tóquio. A cerimônia de recepção, que incluiu honras militares, ocorreu no Palácio Imperial em Tóquio, marcando o início da visita oficial de Lula ao Japão.
Conforme informações do Itamaraty, as visitas de Estado são eventos de grande importância diplomática, realizadas, no máximo, uma vez por ano. Esta é a primeira visita de Estado organizada pelo Japão desde 2019. Este ano, Brasil e Japão celebram 130 anos de relações diplomáticas. O Brasil tem a maior população de descendentes de japoneses fora do Japão, com aproximadamente 2 milhões de pessoas, enquanto o Japão abriga a quinta maior comunidade brasileira no exterior, com cerca de 200 mil indivíduos.
Após a recepção, Lula e Janja cumprimentaram a delegação japonesa ao som de clássicos brasileiros, incluindo “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, interpretada pela banda militar imperial do Japão. A comitiva brasileira é composta por cerca de vinte ministros, parlamentares e autoridades, incluindo os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Após os cumprimentos, Lula terá uma reunião privada com o casal imperial.
Segundo a agenda oficial, após o encontro reservado, está programado um almoço privado do presidente. Às 15h, horário local, Lula encontrará membros da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC). Na parte da noite, a delegação brasileira participará de um jantar oferecido pelas majestades imperiais.
Na quarta-feira, 26 de outubro, Lula participará do Fórum Empresarial Brasil-Japão, que contará com a presença de aproximadamente 500 empresários de ambos os países. Em seguida, está prevista uma reunião com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba, acompanhada de um jantar no Palácio Akasaka.
Uma das principais expectativas da visita gira em torno da possibilidade de abrir mercado para a carne bovina brasileira no Japão e avançar nas negociações de um acordo entre o Japão e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Em 2024, o Japão deve ser o terceiro maior parceiro comercial do Brasil na Ásia e o terceiro maior destino das exportações brasileiras para a região, com um volume de comércio de 11 bilhões de dólares e um superávit de 148 milhões de dólares.