O ministro de Minas e Energia enfrenta um cenário desafiador na tramitação da medida provisória que visa reformar o setor elétrico. As bancadas do PP, PL e Republicanos, que se opõem ao governo, contribuíram com 262 das 600 emendas apresentadas no Congresso, representando 43,6% do total de mudanças propostas. A proposta do Planalto, que busca oferecer gratuidade ou descontos nas contas de luz para 60 milhões de brasileiros, é vista como estratégica para a recuperação da popularidade do governo.
De acordo com fontes do Legislativo, o ministro Alexandre Silveira pode encontrar dificuldades devido à relação tensa com parlamentares, incluindo o presidente do Senado. Uma pesquisa realizada pela consultoria Dominium revelou que, entre os 100 deputados que apresentaram emendas, 32 pertencem à Comissão de Minas e Energia, totalizando 205 sugestões. Entre os 26 senadores que também propuseram modificações, 16 são da Comissão de Infraestrutura, somando 105 emendas.
O tema que suscita mais interesse e sugestões de alteração é o de micro e minigeração distribuída (MMGD). Outros tópicos frequentemente mencionados incluem o desconto nas tarifas de uso da rede, a autoprodução de energia e a Conta de Desenvolvimento Energético.
