O complexo de luxo associado ao traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão,” foi alvo de uma ação policial no Rio de Janeiro na última terça-feira (11), resultando na sua demolição. A propriedade, situada no Complexo de Israel, na zona Norte da cidade, era utilizada para a realização de festas e encontros entre membros do Terceiro Comando Puro (TCP), conforme informou o delegado André Neves, chefe do departamento-geral de polícia especializada. Durante a operação, foram identificadas várias irregularidades, como ligações clandestinas de água e luz, e a construção do imóvel ocorreu de forma ilegal em uma área de preservação ambiental.
O local possuía um lago artificial e uma academia bem equipada, de onde os policiais conseguiram apreender equipamentos de ginástica. Em declarações recentes, o delegado Neves expressou confiança de que Álvaro Malaquias será capturado.
“Peixão” é descrito como um dos principais líderes do tráfico de drogas no Complexo de Israel, sendo caracterizado pela polícia como um indivíduo extremamente violento, que utiliza a tortura contra seus adversários. Ele é ainda identificado como o chefe da facção Terceiro Comando Puro. Apoiador do movimento evangélico, Peixão teria escolhido o nome “Complexo de Israel” para denominar a região e ordenado a disseminação de estrelas de Davi nas comunidades locais, um símbolo judaico. Na operação policial, o Comando de Operações Especiais (COE) removeu esses símbolos da área.
Na mesma terça-feira, um suspeito de ser o “armeiro” da quadrilha de Peixão foi preso pela Polícia Federal. Esse indivíduo era encarregado de procurar, adquirir e contrabandear armamentos, como fuzis, equipamentos de bloqueio de sinal, comunicadores de longo alcance e drones, para abastecer o líder da facção criminosa em questão.
