O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (20) sua intenção de viajar a Washington com o objetivo de persuadir o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a importância da aliança com os parceiros europeus. Macron ressaltou que demonstrar fraqueza diante do presidente russo, Vladimir Putin, dificultaria futuras relações com a China e o Irã. Durante uma interação em redes sociais, Macron expressou seu conhecimento prévio sobre Trump e afirmou que há um respeito mutuo entre eles.
O presidente francês enfatizou que evitar a fragilidade diante de Putin é essencial, considerando a situação delicada da Ucrânia, que enfrenta a invasão russa há três anos. Macron abordou a incerteza em torno da abordagem de Trump quanto a esse conflito, observando que essa incerteza também afeta Putin e pode ser utilizada de maneira favorável nas negociações. Ele afirmou que a capacidade de Trump em criar um clima de incerteza pode ter um efeito estratégico positivo sobre o líder russo.
As declarações de Macron foram feitas durante uma sessão de perguntas e respostas nas mídias sociais, parte das iniciativas do governo francês para aumentar a conscientização sobre as consequências da guerra na Ucrânia e a nova dinâmica da política americana após a ascensão de Trump ao poder. O presidente francês também alertou que demonstrar fraqueza a Putin, resultando em uma derrota da Ucrânia, poderia prejudicar a credibilidade de Trump para lidar com a China e restringir o programa nuclear do Irã.
Macron questionou a capacidade de Trump em manter a credibilidade nas relações com Pequim caso ele se mostre fraco em sua postura frente a Putin. Além disso, o líder francês insinuou que uma possível capitulação da Ucrânia para a Rússia poderia enviar uma mensagem errada a Pequim em relação a Taiwan. Ele finalizou ressaltando que fraqueza frente àquele que está desenvolvendo armas nucleares não é uma posição viável para quem deseja evitar que o Irã adquira a bomba nuclear.