6 março 2025
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Macron reúne líderes da Europa para discutir situação na Ucrânia

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quarta-feira, dia 5, a intenção de convocar uma reunião de líderes europeus em Paris na próxima semana, onde serão abordadas questões relacionadas à defesa. Ele ressaltou a necessidade da França de estar preparada para futuras eventualidades, especialmente se os Estados Unidos não mantiverem a aliança tradicional. Macron expressou a sua esperança de que os Estados Unidos continuem ao lado da França, mas destacou a importância de estar pronto para o caso contrário.

Recentemente, diplomatas da França e do Reino Unido informaram que os dois países estão próximos de finalizar um acordo de paz com a Ucrânia em relação ao conflito com a Rússia, com a expectativa de apresentá-lo aos Estados Unidos em breve. Durante um discurso televisionado, Macron também indicou que o país intensificaria os investimentos em defesa sem aumentar a carga tributária e anunciou que abriria um debate sobre a possibilidade de estender o arsenal nuclear da França a aliados europeus. Ele ainda enfatizou que a decisão final sobre o uso de armamentos nucleares caberá unicamente ao presidente francês.

A guerra entre Rússia e Ucrânia teve início em fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia por três frentes: a fronteira russa, a Crimeia e Belarus, que é um aliado forte do Kremlin. Apesar dos avanços iniciais das forças leais ao presidente russo Vladimir Putin, os ucranianos conseguiram resistir e manter o controle sobre Kiev, que também sofreu ataques. A invasão gerou forte condenação internacional e resultou em sanções econômicas contra a Rússia por parte do Ocidente.

Em outubro de 2024, a guerra na Ucrânia alcançou um estágio considerado por analistas como extremamente perigoso, com o aumento das tensões após Putin ordenar o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. Embora o projétil tenha carregado ogivas convencionais, sua capacidade de portar material nuclear é uma preocupação. Este lançamento ocorreu depois que a Ucrânia lançou uma ofensiva no território russo utilizando armamentos fornecidos por países ocidentais.

Além disso, informações de inteligência ocidental sugerem que a Rússia estaria utilizando tropas da Coreia do Norte no conflito ucraniano, embora tanto Moscou quanto Pyongyang não confirmem nem neguem a veracidade deste relato. O presidente Vladimir Putin, que trocou seu ministro da Defesa em maio, declarou que as forças russas estão agora operando de maneira mais eficaz e que o país alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora não tenha fornecido detalhes específicos sobre esses objetivos.

Por sua vez, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky manifestou a crença de que as metas principais de Putin incluem a ocupação total da região de Donbass, que abrange as regiões de Donetsk e Luhansk, além da expulsão das tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, cuja parte já está sob controle ucraniano desde agosto.

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