21 fevereiro 2025
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Magalu: O Futuro Revelado por Fred Trajano que Transformará a Empresa!

O CEO da empresa Magalu, Fred Trajano, juntamente com o CTO André Fatala e a equipe de gestão, participou recentemente de uma imersão no Vale do Silício. Durante esta visita, foram apresentadas as principais empresas de tecnologia do mundo, incluindo Nvidia, OpenAI, Meta e Google, entre outras que estão na linha de frente da inteligência artificial generativa. A experiência levou Trajano a concluir que esta tecnologia representa uma transformação sem precedentes para o setor empresarial e para a vida cotidiana das pessoas. Segundo ele, a evolução da inteligência artificial pode ser comparada ao impacto gerado pelo surgimento da internet.

Essa viagem foi parte de um planejamento estratégico a longo prazo. A Magalu realiza um ciclo estratégico a cada cinco anos, e o próximo, que se estende de 2026 a 2031, já está sendo traçado. Trajano revelou que a empresa está se preparando para o que denominou “AI-commerce”, uma nova fase que se sucederá ao e-commerce e ao m-commerce (mobile). De acordo com ele, no futuro, as interações das pessoas com agentes de inteligência artificial se tornarão mais frequentes do que as interações com os colegas de trabalho.

A Magalu possui uma vantagem competitiva significativa, com uma influenciadora digital chamada Lu, que conta com 40 milhões de seguidores nas redes sociais. O planejamento envolve o aprimoramento da “inteligência” da Lu, transformando-a em um motor de vendas mais eficaz e engajador. Trajano destacou que o futuro do varejo será muito mais centrado em interações conversacionais.

Além disso, a Magalu está investindo na Magalu Cloud, buscando posicioná-la como um importante provedor de serviços de infraestrutura em nuvem. Inicialmente criada para gerenciar os custos da operação online da Magalu, a proposta é expandir esses serviços para outras empresas. Trajano mencionou que essa estratégia pode beneficiar tanto a empresa quanto outras organizações que buscam soluções em nuvem.

Os principais executivos da Magalu realizaram visitas de estudo para entender as inovações tecnológicas que poderão moldar o próximo ciclo estratégico. No primeiro ciclo sob a gestão de Trajano, a empresa focou em áreas como tecnologia, digitalização e e-commerce por meio de uma imersão no Vale do Silício. Na segunda fase, direcionaram seus aprendizados para o modelo de ecossistema digital na China, explorando estratégias de diversificação semelhantes a práticas de gigantes como Tencent e Alibaba.

O novo ciclo, que terá início em 2026, será fortemente influenciado pela inteligência artificial. Trajano afirmou que o potencial disruptivo dessa tecnologia é comparável aos avanços trazidos pela internet na década de 1990, além da transformação gerada pelo mobile. Ele acredita que a revolução provocada pela IA trará impactos positivos tanto para o setor de varejo quanto para a produtividade geral.

A Magalu planeja concentrar seus esforços em duas áreas principais de inteligência artificial. A primeira é desenvolver o “cérebro” da Lu para que ela se torne um agente de AI-commerce. Em segundo lugar, a empresa pretende fortalecer a Magalu Cloud como uma fornecedora de infraestrutura utilizando inteligência artificial. Trajano mencionou interações com empresas lideres de tecnologia como Nvidia e OpenAI para impulsionar essa estratégia.

O desafio atual é tornar a Magalu Cloud competitiva, oferecendo serviços de nuvem que incorporem ferramentas de IA a preços acessíveis. Assim, a empresa pode atender às necessidades do mercado nacional sem depender de modelos de alto custo. De acordo com Fatala, a redução de custos na utilização de cloud é significativa, sendo possível oferecer soluções muito mais baratas em comparação com competidores internacionais.

A Magalu já está observando resultados positivos com a implementação de AI em suas operações, como a criação de uma diretoria focada em inteligência artificial e expansão da equipe dedicada a dados e AI. Aumentar a eficiência dos processos internos se tornou uma prioridade, permitindo que decisões possam ser tomadas por agentes de AI sem a intervenção humana, revelando a transformação em curso dentro da estrutura da empresa.

Além da eficiência operacional, uma preocupação crescente é a soberania nacional dos dados. O executivo alertou sobre os riscos de depender excessivamente de provedores de cloud internacionais, que podem estar sujeitos a legislações que exigem a submissão de dados. Para garantir a relevância e integridade cultural, é crucial desenvolver modelos de inteligência artificial que respeitem a cultura local e sejam treinados com dados nacionais.

A transformação proporcionada pela inteligência artificial tem o potencial de criar novos líderes no setor comercial e impactar todos os segmentos da sociedade, sendo fundamental para a evolução futura das empresas e do comércio.

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