O Vaticano anunciou que cerca de 20 mil pessoas compareceram ao velório do papa Francisco na Basílica de São Pedro até a quarta-feira, 23 de outubro. A cerimônia teve início na terça-feira, 22 de outubro, e permanecerá aberta ao público até a sexta-feira, 25 de outubro. Devido ao grande fluxo de visitantes, a Santa Sé indicou a possibilidade de estender os horários de visitação, podendo se prolongar até após a meia-noite no horário local de Roma, correspondente às 19h em Brasília.
O funeral do pontífice está agendado para o sábado, 26 de outubro, às 10h, no horário de Roma, que corresponde às 5h de Brasília. A cerimônia deverá contar com a presença de diversos líderes mundiais, entre eles, Javier Milei, presidente da Argentina, país natal de Francisco, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O papa Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, situada fora do Vaticano, o que representa uma ruptura com uma tradição da Igreja Católica. Além disso, a Santa Sé informou que 103 cardeais já se encontram no Vaticano, mas não especificou quantos deles têm direito a voto, sendo que existem atualmente 135 cardeais eleitores. Esses cardeais participarão de reuniões preparatórias para o conclave, que é a votação secreta responsável pela eleição do novo papa e pelas diretrizes que a Igreja Católica adotará nos próximos anos.
O papa Francisco, que nasceu Jorge Mario Bergoglio, assumiu a liderança da Igreja Católica em março de 2013. Ele foi o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo. O falecimento do pontífice se deu em decorrência de um AVC e uma falência cardíaca irreversível, conforme informado pelo médico do Vaticano, Andrea Arcangeli, em um atestado de óbito divulgado na segunda-feira, 21 de outubro. Cardeais de várias partes do mundo estão se dirigindo a Roma para participar do conclave, cuja eleição deve ocorrer no início de maio. Os clérigos têm refletido sobre o pontificado de Francisco, destacando suas qualidades de humildade e coragem.