O Secretário do Tesouro afirmou que não é viável negociar práticas comerciais injustas em um curto período, destacando a complexidade das negociações internacionais neste cenário. A partir de quarta-feira (9), novas tarifas propostas pela administração Trump estarão em vigor, marcando o início de um período de incerteza econômica. O governo dos Estados Unidos informou que mais de 50 países já mostraram interesse em discutir as novas taxas de importação.
Na defesa das tarifas, membros do governo minimizaram o impacto econômico globalmente, assegurando que não há necessidade de uma recessão. O Secretário do Tesouro enfatizou a importância de um desenvolvimento econômico sustentável a longo prazo, ressaltando que os efeitos do mercado são imprevisíveis em curto prazo. As tarifas, anunciadas no início de abril, representam um compromisso do presidente Trump com sua agenda de campanha, que critica acordos comerciais que ele considera desfavoráveis aos interesses americanos.
Os países afetados pelas tarifas têm procurado maneiras de responder, com alguns, como a China, já implementando medidas retaliatórias. Um assessor econômico da Casa Branca reconheceu a raiva e a reação dos outros países, ao mesmo tempo em que relatou que muitos deles estão buscando negociações com os EUA. As novas tarifas afetam tanto aliados quanto adversários, incluindo Israel, que enfrenta uma taxa de 17%.
Além disso, o Vietnã manifestou preocupação em relação às tarifas e expressou interesse em negociá-las com os Estados Unidos, sugerindo até a possibilidade de redução das tarifas a zero. A Primeira-Ministra da Itália também se mostrou disposta a utilizar todas as ferramentas à sua disposição para proteger suas empresas, mesmo discordando da abordagem adotada por Trump. O Secretário de Comércio deixou claro que as tarifas são inevitáveis e que o presidente busca uma redefinição das normas comerciais globais, mas não se comprometeu a reconsiderar a aplicação imediata delas.
Por fim, houve críticas sobre a mensagem contraditória enviada pela administração, que diz querer revitalizar a fabricação doméstica enquanto mantém a porta aberta para negociações com parceiros comerciais. Isso levanta questionamentos sobre a eficácia das tarifas como estratégia para gerar receita e atrair empresas para os Estados Unidos. O debate sobre a permanência dessas tarifas e os potenciais acordos comerciais continua a ser uma questão central na política econômica atual.