Na quarta-feira (23), o pastor Silas Malafaia fez uma crítica à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de notificar o ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto ele se recuperava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília. Malafaia expressou preocupação sobre o estado de saúde de Bolsonaro, afirmando que ele estava sob efeito de medicamentos que poderiam afetar sua capacidade mental. “Estou surpreso com a atitude do ministro Alexandre de Moraes ao enviar um oficial de Justiça para intimar Jair Messias Bolsonaro em CTI. É difícil entender até onde vai a maldade e a falta de empatia de uma pessoa assim,” declarou o pastor em um vídeo ao lado do ex-presidente.
O STF foi contatado em relação aos comentários feitos por Malafaia, mas ainda não havia fornecido uma resposta. A intimação em questão está relacionada à abertura de um processo no Supremo, onde Bolsonaro se tornou réu no mês anterior por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente está internado há duas semanas e tem um prazo de cinco dias para apresentar sua defesa.
Malafaia expressou indignação, afirmando: “Você, Moraes, deu cinco dias para Bolsonaro responder a uma intimação. Ele está sob poderosos remédios que podem afetar seu estado mental. Que vergonha!” Essa declaração foi feita em um vídeo em que Malafaia não estava mais ao lado de Bolsonaro. Segundo informações de Bolsonaro, a oficial de Justiça entrou na UTI com o documento para sua assinatura e permaneceu no local por mais de dez minutos. A ação da intimação foi registrada em vídeo.
Em comunicado, o STF explicou que a participação do ex-presidente em uma transmissão ao vivo no dia anterior (22) demonstrou que ele estava em condições de ser notificado. O Supremo esclareceu que a citação dos réus informando sobre o início da ação penal e a intimação para defesa foram determinadas em 11 de abril, com todos os réus já citados entre os dias 11 e 15 do mesmo mês. Considerando a internação de Bolsonaro, a corte decidiu aguardar um momento apropriado para a entrega da intimação, e a live do ex-presidente mostrou que ele poderia ser notificado.
