sábado, fevereiro 1, 2025
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Marçal critica Bolsonaro enquanto Carlos defende a posição

Notórias rivalidades na direita brasileira, o coach Pablo Marçal (PRTB) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL) protagonizaram mais uma troca de ofensas neste último final de semana. O motivo desse desentendimento, repetindo o que já ocorreu durante a campanha municipal do ano passado, é a busca por apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026.

Os conflitos começaram na quinta-feira, 23, quando Jair Bolsonaro declarou em uma entrevista à CNN Brasil que Pablo Marçal é “carta fora do baralho” na disputa pelo Planalto. “Eu evito falar sobre esse cara”, afirmou o ex-presidente quando questionado sobre um possível apoio a uma candidatura de Marçal. Ele acrescentou: “Tem um baita de um potencial, mas ele tem que se controlar”.

No dia seguinte, em uma entrevista ao mesmo canal, Marçal respondeu às declarações do ex-presidente, lembrando que Bolsonaro está “fora do jogo” – inelegível pela Justiça Eleitoral, o ex-chefe do Executivo ainda enfrenta investigações da Polícia Federal relacionadas a uma tentativa de golpe de Estado após sua derrota em 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva. “O Bolsonaro só considera candidato quem é parente dele”, atacou o coach.

No sábado, 25, Carlos Bolsonaro saiu em defesa do pai e respondeu às críticas de Marçal, a quem chamou de “Farçal”. “É o único cara que se diz de direita que tenta destruir Jair Bolsonaro desde 2018, mentindo dissimuladamente e dizendo que o apoia”, escreveu o filho do ex-presidente em sua conta no X (ex-Twitter).

Farçal é o único cara que se diz de direita que tenta destruir @jairbolsonaro desde 2018, mentindo dissimuladamente e dizendo que o apoia. São apenas fatos. De resto qualquer um faz o que quiser. Trago apenas informações achadas por qualquer um. Os caras não dão ponto sem nó.…
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) January 25, 2025

Relação conturbada
Marçal e a família Bolsonaro já tiveram conflitos anteriormente. O relacionamento entre o coach e o ex-presidente e seus filhos tem sido tenso desde 2022, quando sua candidatura à presidência da República pelo PROS foi bloqueada pela Justiça Eleitoral. Antes de ser impedido de concorrer, quando ainda tinha seu nome cogitado para o Planalto, Marçal afirmava não apoiar “nem Lula, nem Bolsonaro” – um discurso que mudou após a anulação de sua chapa, quando começou a buscar uma proximidade com o então presidente. Desde então, essa mudança de postura foi frequentemente lembrada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que já afirmou não considerar o coach “confiável”.

O “morde-e-assopra” se agravou durante as eleições de 2024, quando Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo, alegou várias vezes que tinha um relacionamento próximo com Jair Bolsonaro e que contava com sua aprovação na disputa. Em setembro do ano passado, Marçal chegou a “invadir” uma manifestação bolsonarista, a qual havia indicado que não iria, tentando se promover como o candidato do ex-presidente – essa atitude foi amplamente criticada como oportunista por Carlos e Eduardo. Também nesse período, Marçal disse em entrevista que havia sido designado pelo próprio Jair Bolsonaro para comandar suas campanhas nas redes sociais, acrescentando que Carlos dificultaria a relação por ser “raivoso e rancoroso”. O vereador respondeu: “Bicho, vá ser feliz. Somente pare de mentir em meu nome, pelo amor de Deus”.

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