O escritor Marcelo Rubens Paiva expressou críticas no dia 8 de outubro em relação às declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Motta levantou questionamentos sobre a interpretação de que os eventos de 8 de janeiro tenham caracterizado uma tentativa de golpe de Estado. Paiva comentou que a postura do novo presidente da Câmara indicava que o Brasil estaria longe de alcançar uma verdadeira democracia, afirmando que o desequilíbrio mencionado não se referia às penas impostas, mas à própria atitude do presidente.
Motta argumenta que, sem um líder capaz de organizar uma ruptura com o regime democrático, o que ocorreu no dia 8 de janeiro foi meramente uma ação de “vândalos e baderneiros” que buscavam manifestar sua indignação. As declarações de Motta geraram preocupação entre os governistas e levantaram discussões sobre a possibilidade de anistia.
Ao ser empossado na presidência da Câmara em 1º de fevereiro, Hugo Motta mencionou o filme “Ainda Estou Aqui”, que retrata a história de Rubens e Eunice Paiva, sendo baseado na obra homônima escrita por Marcelo. Durante seu discurso, destacou a importância de estar sempre alinhado com os interesses do Brasil e a necessidade de harmonia entre os poderes. Concluiu sua fala com uma mensagem de esperança ao afirmar que ainda estão presentes e atuantes.
Na cerimônia de posse, Motta também fez uma menção ao ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães, ao levantar um exemplar da Constituição de 1988 durante seu discurso. Ele enfatizou a relevância do trabalho colaborativo e a responsabilidade que sua nova função demandaria, sublinhando que muitos têm mais chances de ter sucesso do que um único indivíduo agindo sozinho.