sexta-feira, janeiro 31, 2025
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María Corina solicita boicote às eleições sob governo Maduro

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A líder oposicionista María Corina Machado convocou os cidadãos venezuelanos a não reconhecerem qualquer eleição que venha a ser realizada pelo presidente Nicolás Maduro em 2025. Maduro, que assumiu o cargo em 10 de janeiro após uma reeleição polêmica e repleta de suspeitas de fraude, anunciou planos para organizar eleições legislativas ainda este ano, considerando que na Venezuela o Parlamento é unicameral. Ele também se referiu à possibilidade de realizar plebiscitos e consultas nacionais, incluindo um referendo para alterar a Constituição. Em um vídeo postado em suas redes sociais no último domingo (19), de um local desconhecido, María Corina estabeleceu sete “princípios” que devem orientar a mobilização em prol da destituição do atual regime e pela transição democrática no país. Entre esses princípios, ela enfatiza o boicote a todas as eleições programadas para os próximos meses, alegando a falta de respeito pelos resultados da votação presidencial ocorrida em 28 de julho do ano anterior.

A oposição apresentou documentos eleitorais e uma contabilidade independente para demonstrar que Edmundo González Urrutia, apoiado por María Corina, venceu a eleição. Por outro lado, Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), instituições que nunca divulgaram os resultados oficiais. Estados Unidos, nações europeias e muitos países latino-americanos reconheceram González como o presidente legítimo. “As eleições se deram no dia 28 de julho. Nesse dia, o povo fez sua escolha e derrotou o regime segundo suas próprias regras. O resultado deve ser respeitado e será respeitado,” afirmou María Corina. “Enquanto esse resultado não for aceito e implementado, não é apropriado participar de qualquer eleição. Votar repetidamente, sem que os resultados sejam respeitados, não é proteger o voto. É deturpar o voto popular como forma de luta democrática.”

A líder da oposição listou sete “princípios fundamentais” que defende para o que ela denomina “luta final pela liberdade e pela democracia” na Venezuela: O veredicto dos venezuelanos em 28 de julho de 2024 deve ser respeitado e aplicado o mais rapidamente possível, e não há prazo para isso. É necessário um esforço conjunto de todos, especialmente de militares e policiais, em defesa da Constituição. A luta pelo cumprimento do mandato soberano é “justa, legítima e legal”, permitindo que os venezuelanos mobilizem “todas as forças necessárias” para defendê-lo. É primordial manter a unidade nacional, chamando funcionários públicos, militares e membros das forças policiais a se unirem aos protestos civis. Além disso, deve haver um boicote a qualquer eleição enquanto o governo atual permanecer no poder. A única negociação válida com o regime de Maduro deve focar em uma transição organizada e democrática, sob a liderança de quem realmente saiu vencedor nas eleições de 28 de julho de 2024. Por fim, a governabilidade democrática é crucial: é solicitado que Maduro e seus aliados entreguem o poder pacificamente, uma vez que “ninguém conseguirá governar [a Venezuela] sob uma ditadura.”

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