O diretor italiano Marco Calvani, casado com Marco Pigossi, lançou recentemente seu primeiro longa-metragem intitulado “Maré Alta”. De acordo com Calvani, a obra reflete uma realidade que existe nos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump. Desde que o republicano assumiu a presidência, foram implementadas medidas rigorosas contra imigrantes ilegais, resultando em deportações que impactaram até mesmo brasileiros, alguns dos quais retornaram ao país com algemas. Calvani expressa sua indignação em relação à situação, afirmando que, como um imigrante gay, sente-se pessoalmente atacado. Ele enfatiza a importância de permanecer no país para ajudar aqueles que necessitam de apoio, ao mesmo tempo que critica o regime atual, descrevendo-o como fascista. O diretor expressa seu desprezo pelo patriarcado, que considera nauseante, e declara que seu trabalho sempre se opôs a esse sistema.
No longa “Maré Alta”, o ator Marco Pigossi interpreta Lourenço, um brasileiro que se muda para os Estados Unidos e vive com seu ex-namorado americano. Na trama, Lourenço enfrenta a realidade de ser um imigrante ilegal, trabalhando como faxineiro e lidando com a incerteza de seu futuro no país. O filme teve sua estreia na Europa em 22 de março durante o Festival de Cinema LGBTQIA+ de Londres, realizado no British Film Institute. Posteriormente, foi exibido no GLAAD Awards em Los Angeles, uma premiação amplamente reconhecida como o “Oscar Queer”. Além disso, “Maré Alta” também foi apresentado no Festival do Rio de 2024. Calvani e Pigossi residem em Los Angeles desde 2018.
