Nesta sexta-feira, a ministra do Meio Ambiente anunciou que uma reunião com o ministro de Minas e Energia sobre o licenciamento da Foz do Amazonas será agendada após a viagem do presidente ao Japão. Essa declaração foi feita durante um evento que contou com a alocação de R$ 150 milhões do Fundo Amazônia para projetos de restauração ecológica.
A responsável pela decisão sobre a autorização para a perfuração em busca de petróleo na Foz do Amazonas é o Ibama, que tomará sua decisão com base em critérios técnicos, conforme ressaltou a ministra. Recentemente, o ministro de Minas e Energia expressou descontentamento com a dificuldade em marcar reuniões com o instituto para discutir a licença pleiteada pela Petrobras.
Em resposta às declarações do ministro, funcionários do setor ambiental do governo manifestaram apoio ao presidente do Ibama. O ministro havia insinuado uma falta de “coragem” do instituto em conceder a licença. Uma associação que representa os servidores ambientais defendeu que o processo de análise de licenciamento deve ser realizado sem influências políticas, ressaltando que a pressão exercida sobre o Ibama é inadequada. O comunicado enfatizou que o instituto é uma autarquia federal com autonomia e competência técnica para decidir sobre os processos de licenciamento ambiental, e que está sob a supervisão do Ministério do Meio Ambiente, e não do Ministério de Minas e Energia.