No empate em 2 a 2 entre Maringá e Atlético-MG, ocorrido na terça-feira, 29, um lance controverso se destacou. Nos minutos finais do segundo tempo, durante uma cobrança de escanteio para a equipe paranaense, houve uma infração dentro da área: o atleta Cuello do Atlético-MG puxou a camisa de Gustavo Villar. O árbitro, Denis da Silva Ribeiro Serafim, não assinalou a penalidade, mas o VAR solicitou a revisão do lance. Apesar da análise, a decisão inicial do árbitro foi mantida. A reação nas redes sociais do Maringá FC foi imediata, com uma publicação que expressou incredulidade: “Se isso aqui não é pênalti, eu sou uma torradeira elétrica”.
A insatisfação em relação à decisão se estendeu ao departamento de marketing do time. Em uma propaganda, o clube destacou que a camisa foi “Testada e aprovada na Copa do Brasil” e que “o jogador do Atlético-MG já garantiu a camisa do Dogão”. Além disso, durante a partida, o perfil do Maringá FC agradeceu à fornecedora de material esportivo, ressaltando que “mesmo com esse puxão, a camisa não rasgou”.
No dia seguinte, 30, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou os áudios da interação entre a arbitragem de vídeo e o árbitro principal, Denis. A árbitra do VAR, Charly Wendy Straub Deretti, frisou: “Aqui o puxão é muito claro, e é um incidente não visto pelo campo.” Em seguida, ela chamou Denis para revisar a jogada e esclareceu: “No momento do cruzamento, há um agarrão evidente na camisa do atacante, que claramente estava prestes a cabecear. Preciso que você avalie se esse agarrão causou impacto.” Ao assistir ao lance, Denis comentou: “Charly, para mim, é claro que há um agarrão, mas não causa impacto nenhum na subida.” Charly replicou: “Você realmente acredita que esse agarrão não tem impacto?” O árbitro principal reafirmou sua visão, e, após a revisão, manteve a decisão de marcar um tiro de meta.
Os áudios divulgados pela CBF sobre o episódio do pênalti demonstraram a discordância entre a arbitragem de vídeo e o árbitro de campo, com Denis não reconhecendo o puxão como tendo impacto na ação do defensor.