1 maio 2025
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Marinho Afirma que Ficção de Lupi Está Ligada a ‘Condições Políticas’ Após Escândalos no INSS

O ministro da Previdência Social enfrenta intensas pressões desde a revelação do escândalo relacionado a descontos indevidos nos benefícios de aposentados. Esta situação se agravou com a recente operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, que trouxe à tona a magnitude do problema.

Durante um evento do Dia do Trabalhador em São Paulo, o ministro do Trabalho comentou que a permanência de Carlos Lupi no cargo depende de uma análise das condições políticas do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda reluta em demitir seu aliado, destacando que a crise reside no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Lupi se tornou alvo de críticas devido aos descontos indevidos, que afetaram aposentados e pensionistas. O ministro Marinho, ao abordar a situação, explicou que mudanças ministeriais nem sempre refletem a ocorrência de irregularidades, mas podem ser guiadas por fatores políticos. Ele confirmou que o novo presidente do INSS, elegido para lidar com a crise, possui as ferramentas necessárias para solucionar os problemas em questão.

Recentemente, Lula decidiu intervir no INSS, nomeando o procurador federal Gilberto Waller Júnior para presidir o órgão, substituindo Alessandro Stefanutto, que se afastou após a operação da PF. A intervenção do presidente visa identificar as origens do esquema, que, segundo investigações, se iniciou durante o governo de Jair Bolsonaro.

O ministro Marinho reiterou que as falhas começaram em 2019, mencionando a formação de uma quadrilha que prejudicou beneficiários. Ele garantiu que o governo está comprometido com uma investigação rigorosa, assegurando que todos os responsáveis serão responsabilizados.

No evento, o ministro Márcio Macêdo afirmou que as ações necessárias foram tomadas contra aqueles que deveriam ser afastados e que, até o momento, não existe evidência que comprometa Lupi. O ministro da Previdência, por sua vez, refutou as acusações de omissão, alegando que ações foram ordenadas após receber as primeiras denúncias sobre os descontos irregulares.

Lula, em um pronunciamento nacional, declarou que a identificação da fraude no INSS foi uma iniciativa de seu governo, instruindo a Advocacia-Geral da União a processar as entidades envolvidas e garantir o ressarcimento às vítimas.

Embora alguns aliados recomendem a demissão de Lupi, Lula mantém a posição de não retirar o ministro, argumentando que a crise se concentra no INSS e visando preservar a aliança com o PDT. A ministra Gleisi Hoffmann manifestou seu apoio à permanência de Lupi, reforçando que não há elementos contra ele nas investigações.

Como parte dos esforços para mitigar os danos causados, o ministério anunciou que uma parcela dos valores desviados dos aposentados será devolvida na próxima folha de pagamento. A equipe de Lula continua em busca de uma solução legal para assegurar o ressarcimento total do montante desviado, que, segundo a Polícia Federal, ultrapassa R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

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