Maya Gabeira, um verdadeiro ícone do surfe mundial, anunciou sua aposentadoria aos 37 anos. A notícia pegou os fãs de surpresa, causando tristeza entre eles, enquanto suas concorrentes celebram a oportunidade de preencher o espaço deixado por ela. Maya se destacou no surfe de ondas gigantes, um ambiente predominantemente masculino, e conquistou respeito nesse universo. Em 2020, ela fez história ao surfar uma onda colossal de 22,4 metros em Nazaré, uma praia ao norte de Lisboa famosa por suas imensas ondas, e entrou para o Guinness Book. Além disso, foi reconhecida como a melhor surfista feminina por quatro anos consecutivos, entre 2007 e 2010.
A paixão de Maya pelo surfe começou na adolescência, aos 16 anos, quando se mudou para o Havaí. Nesse local, não apenas o surfe se destacou, mas especialmente o surfe de grandes ondas, que se popularizou na costa oeste da famosa praia de Honolulu durante a década de 1950. Com o passar do tempo, evoluções tecnológicas resultaram em pranchas mais sofisticadas e na prática do surfe de reboque, permitindo que uma nova geração de esportistas ousados aproveitasse imensas ondas que se formam no horizonte.
Maya é uma dessas surfistas audazes, motivadas pela emoção e pelo risco. Apesar de sua aparência delicada, ela nunca se deixou abater na busca por seus objetivos. Em 2013, enquanto tentava quebrar um recorde, sofreu uma queda ao entrar em um tubo e precisou ser resgatada em alto mar, passando por reanimação em terra. Após várias cirurgias e longas sessões de fisioterapia, levou dois anos para se recuperar completamente. Sua grande volta aconteceu em 2017, quando surfou a maior onda já enfrentada por uma mulher, medindo 20,9 metros, e também ajudou a influenciar o Guinness a criar uma categoria feminina. Maya revela que já cumpriu sua missão, mas resta saber se conseguirá se distanciar da adrenalina que Nazaré proporciona, após tantas aventuras.