MC Poze do Rodo foi liberado após uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que revogou sua prisão temporária. O alvará de soltura foi entregue à unidade prisional às 14h16, onde o artista foi recepcionado com entusiasmo por familiares, amigos e admiradores ao deixar Bangu 3. Durante seu período na prisão, ele foi colocado em uma ala destinada a integrantes do Comando Vermelho, mas afirmou não ter enfrentado dificuldades em conviver com os membros da facção.
A decisão do tribunal considerou que a prisão era excessiva em relação ao andamento das investigações. A defesa do artista argumentou que a detenção era não apenas ilegal, mas também desproporcional, caracterizando uma violação à liberdade de expressão. Foi destacado que a ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro poderia ser vista como seletiva e uma forma de perseguição à arte periférica, sugerindo que, caso o artista fosse de um estrato social diferente, a prisão não teria ocorrido.
O artista está sendo investigado por suposta apologia ao crime e possíveis ligações com o Comando Vermelho. Segundo a Polícia Civil, ele teria realizado shows em áreas sob controle da facção, recebendo segurança de traficantes armados. Contudo, a defesa contesta essas alegações, afirmando que não há evidências concretas que sustentem as acusações diretas contra ele.
