Um incidente recente envolvendo uma médica de 56 anos, natural da Pensilvânia e residente em Connecticut, destaca uma falha administrativa no Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE). A profissional recebeu um e-mail da administração anterior, solicitando que ela se “autodeportasse” para evitar complicações legais. Apesar de ser cidadã americana e não ter antecedentes criminais, o e-mail era autêntico, levando-a a buscar esclarecimentos sobre sua situação legal junto ao ICE e ao Departamento de Segurança Interna (DHS).
Após a investigação do caso, representantes do setor migratório confirmaram que a mensagem resultou de um erro administrativo, possivelmente causado pelo uso indevido do endereço de e-mail da médica em formulários relacionados à imigração. Embora o erro tenha sido corrigido, a médica expressou insegurança e passou a carregar seu passaporte como uma medida de precaução.
Erros administrativos semelhantes têm sido uma preocupação recorrente no ICE, resultando em deportações indevidas de cidadãos americanos. Um relatório de 2021 revelou que, ao longo de cinco anos, aproximadamente 70 cidadãos natos foram deportados devido a falhas na verificação de sua cidadania. Apesar de a legislação proteger cidadãos americanos contra deportação, a ocorrência de erros em operações de imigração continua a ser uma realidade.