Um médico anestesista foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, devido a crimes de estupro de vulnerável contra duas mulheres em um hospital. O julgamento ocorreu em 9 de outubro. Além da pena de prisão, o anestesista deverá pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais a cada uma das vítimas.
O crime em questão ocorreu em julho de 2022 no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Giovanni Quintella Bezerra foi flagrado em gravações, que mostraram o médico abusando de pacientes sedadas durante o trabalho de parto.
Durante o evento, a equipe de enfermagem começou a desconfiar do comportamento do anestesista, que administrava doses excessivas de sedativos, levando as mulheres a ficarem inconscientes. Para documentar a situação, um membro da equipe utilizou um celular para filmar. A delegada responsável pela investigação, Bárbara Lomba, revelou que as gravações mostram o anestesista realizando atos sexuais com uma das pacientes enquanto cirurgiões realizavam o procedimento, sendo apenas separados por um lençol cirúrgico.
A delegada expressou sua indignação ao relatar o conteúdo do vídeo, destacando a gravidade da situação, especialmente considerando que o suspeito era um profissional de saúde responsável pelo cuidado das pacientes em um momento crítico e vulnerável de suas vidas.
Em uma ação adicional, em 28 de julho de 2023, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro decidiu, de forma unânime, pela cassação do registro do anestesista, impedindo-o de atuar na profissão.
