A equipe médica responsável pelo tratamento do Papa Francisco avaliou a possibilidade de encerrar os cuidados para que o pontífice pudesse falecer, conforme declaração de um dos líderes do time, Sergio Alfieri, ao jornal italiano Corriere della Sera. Ele afirmou: “Tivemos que decidir se pararíamos e o deixaríamos ir ou se continuaríamos com todos os medicamentos e terapias, correndo o alto risco de prejudicar outros órgãos. No final, optamos por seguir esse caminho.”
Alfieri destacou que a decisão de prosseguir com o tratamento foi tomada por Massimiliano Strappetti, enfermeiro do papa, que incentivou a equipe a não desistir: “Tente de tudo, não vamos desistir.” O papa recebeu alta na manhã de domingo, após 38 dias de internação no hospital público Gemelli, em Roma, e se dirigiu à Casa Santa Marta, residência oficial no Vaticano, onde iniciará um período de transição e repouso de pelo menos dois meses, com acompanhamento médico.
No mesmo dia da alta, o Papa Francisco fez uma aparição para saudar os fiéis reunidos em Roma, representando o terceiro registro desde que iniciou seu tratamento — um áudio foi transmitido na Praça São Pedro em 6 de março e uma foto foi divulgada em 16 de março. O pontífice foi inicialmente diagnosticado com bronquite, que se agravou para uma pneumonia bilateral, com crises respiratórias associadas. Durante a internação, o papa necessitou de transfusões de sangue devido à queda nas plaquetas e enfrentou um episódio leve de insuficiência renal, que foi posteriormente controlado.
Durante o tratamento, Francisco recebeu antibióticos e corticoides, além de participar de sessões intensivas de fisioterapia respiratória e motora. Em certos momentos da internação, ele precisou de ventilação mecânica com máscara. Nos dias recentes, seu quadro apresentou melhora, resultando na redução gradual do suporte de oxigênio, que agora é administrado apenas por meio de cânulas nasais de alto fluxo.
