No sábado, 1º de outubro, ocorreu um violento confronto entre membros das torcidas organizadas do Sport e do Santa Cruz nas ruas do Recife, resultando em múltiplos feridos, incluindo um caso de violência sexual contra um homem que estava desacordado. Em resposta a esses acontecimentos, o governo de Pernambuco determinou que ambas as equipes não poderão contar com a presença de seus torcedores em seus estádios durante os próximos cinco jogos, tanto no Campeonato Pernambucano quanto na Copa do Nordeste. Essa medida visa combater a violência no futebol e assegurar a segurança nas arenas esportivas.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, divulgou em suas redes sociais outras iniciativas para enfrentar o problema da violência nos estádios, como a introdução de cadastro biométrico e reconhecimento facial para a compra de ingressos. Ela também comentou sobre a colaboração com o Ministério Público para responsabilizar os autores dos atos de vandalismo. Em um pronunciamento, afirmou que cerca de 700 policiais foram mobilizados e que os feridos estão recebendo atendimento no Hospital da Restauração, ressaltando que a violência não deve prevalecer no cenário do futebol pernambucano.
A decisão de proibir a presença de torcedores nos estádios gerou críticas por parte do Sport. Em uma declaração divulgada no domingo, 2, o clube expressou seu pesar pelos eventos de violência, mas discordou da medida, argumentando que ela prejudica torcedores pacíficos e não resolve a questão da impunidade dos agressores. O clube afirmou que não é responsável pela segurança pública e que falhas no planejamento das autoridades permitiram que os confrontos ocorressem. O Sport também anunciou que buscará medidas legais para proteger seus direitos e os de seus torcedores.
O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro de Carvalho, afirmou que “não houve falha no policiamento” durante os episódios de violência. Em entrevista coletiva, ele mencionou que as imagens do confronto são impactantes, mas reforçou que a responsabilidade recai sobre aqueles que buscam a briga, ressaltando a necessidade de apuração dos fatos.
Os confrontos aconteceram antes do clássico entre Santa Cruz e Sport, que, apesar da confusão, foi mantido. O Hospital da Restauração atendeu doze pessoas feridas, sendo que três delas permanecem internadas. Além disso, a Secretaria de Defesa Social informou que 14 indivíduos foram detidos, e cerca de 650 torcedores foram revistados e acompanhados até o estádio.
As cenas de violência, amplamente compartilhadas nas redes sociais, reacenderam o debate sobre a segurança nos estádios e a urgência de implementar medidas eficazes que garantam o futebol como um espaço de paz e convivência.
No Hospital da Restauração, foi informado que, até o domingo, 2, quatro pessoas feridas na briga entre as torcidas continuam internadas, apresentando um estado de saúde estável.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco relatou que seis pessoas foram presas em flagrante no Recife e encaminhadas para audiência de custódia. Outras quatro foram detidas em Paulista (PE) e três em Cabo de Santo Agostinho (PE), todas ligadas ao conflito entre torcidas.
