O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez críticas à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que implementou uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio. O ministro considerou essa ação “contraproducente”, argumentando que ela prejudica a economia global. A análise do ministro destacou que essa medida não é direcionada especificamente ao Brasil, mas possui um efeito genérico que impacta diversas nações. Ele mencionou que estão sendo observadas as reações de países como México, Canadá e China em relação a essa postura. Haddad enfatizou que ações unilaterais dessa natureza são inadequadas para a melhoria da economia mundial.
O ministro acrescentou que a economia global sofre com a crescente desglobalização, ressaltando que não se trata de uma defesa da “velha globalização”, que apresenta desequilíbrios, mas sim da busca por uma “globalização sustentável” em termos sociais e ambientais. Ele também informou que o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) está reunindo informações sobre a decisão de Trump para uma iminente reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Haddad mencionou que, seguindo a proposta apresentada no G-20, do qual o Brasil foi líder até o ano anterior, o país busca retomar as negociações com propostas ao redor desse tema.
Em relação a possíveis negociações diretas com Trump sobre alterações nas tarifas, Haddad declarou que não possui informações sobre a disposição atual do governo americano para tal. No entanto, ele destacou que o Itamaraty está engajado na questão, embora não tenha fornecido mais detalhes sobre as conversações. O ministro completou que a avaliação realizada pelo Mdic tem como objetivo apresentar um panorama abrangente ao presidente e promover uma análise conjunta.
Além disso, Haddad mencionou que mantém contato frequente com representantes dos setores de aço e alumínio, embora não tenha realizado reuniões desde o anúncio das tarifas por Trump. Ele também comunicou que planeja uma viagem ao Oriente Médio nesta semana e que, após seu retorno, deverá se reunir com os representantes do setor.
