3 maio 2025
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Mercado de Trabalho Robusto: Fed Pode Suster Corte de Juros

Autoridades do Federal Reserve demonstraram cautela em relação a fissuras no mercado de trabalho, à medida que as empresas se adaptam à política comercial da atual administração dos Estados Unidos. Na última sexta-feira, 2 de maio, foram divulgadas informações que indicam que, até o momento, não há sinais significativos de fraqueza no setor, o que não justifica uma pressa em cortar as taxas de juros. O Departamento do Trabalho relatou a criação de 177 mil postos de trabalho em abril, superando as expectativas, enquanto a taxa de desemprego permaneceu estável em 4,2%. Esses dados sugerem que o mercado de trabalho continua robusto, mesmo em um mês em que foram anunciadas tarifas elevadas, impactando negativamente o mercado de ações e provocando instabilidade nos títulos.

A economia dos Estados Unidos pode enfrentar perdas substanciais com a diminuição da demanda por viagens. Além disso, a aviação comercial tem mostrado um aumento nas encomendas, refletindo um impulso na indústria. Os mercados europeus experimentaram alta, impulsionados por sinais de alívio nas tensões comerciais e pela resiliência no emprego dos EUA.

Com a estabilidade do mercado de trabalho e a inflação ainda acima da meta de 2%, é esperado que os membros do Fed mantenham sua estratégia de não alterar os custos de empréstimos de curto prazo, ao menos até que os efeitos das tarifas sobre os preços e o crescimento econômico sejam mais claros. Segundo especialista da Goldman Sachs Asset Management, os dados atuais do mercado de trabalho oferecem ao Fed a margem para agir com paciência. No entanto, com a deterioração das perspectivas futuras, esses dados podem parecer desatualizados, e persistem os riscos de que uma economia mais fraca leve o Fed a retomar seu ciclo de afrouxamento mais cedo.

Após a divulgação do relatório, investidores passaram a acreditar que o Fed provavelmente aguardará até julho para considerar a redução das taxas de juros, ao contrário da expectativa anterior, que previa um corte já em junho.

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