O clima econômico global apresentou uma melhora após a divulgação da decisão do presidente Donald Trump de retirar smartphones e outros eletrônicos de alta relevância da lista de produtos que enfrentam tarifas recíprocas. Este movimento, que sugere uma desescalada nas tensões da guerra comercial, resultou em uma queda do dólar, que atingiu R$ 5,84 às 11h.
Essa decisão favorece diretamente a China, líder na fabricação desses produtos, e foi vista pelos investidores como um sinal de contenção, mesmo que temporário, no conflito entre as duas maiores economias do mundo. A reação do mercado foi rápida e positiva. As bolsas asiáticas terminaram o dia com significativas altas, uma tendência que se propagou para os mercados na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, o Ibovespa também reagiu de forma otimista à notícia, movimentando-se em alta e próximo dos 130 mil pontos durante o meio do dia.
Além disso, a bolsa brasileira se beneficiou da valorização das matérias-primas, como o petróleo e o minério de ferro. No contexto econômico interno, o Boletim Focus trouxe uma perspectiva favorável ao manter suas projeções inalteradas, sem indicar deterioração nas expectativas. A mediana para a inflação, medida pelo IPCA para 2025, permaneceu em 5,65%, embora ainda esteja acima do limite estipulado pelo Conselho Monetário Nacional. A projeção para a taxa Selic no mesmo ano se mantém em 15%.