Mergulhadores envolvidos na busca por vítimas da colisão entre um avião e um helicóptero em Washington D.C. estão enfrentando grandes dificuldades devido à lama densa e à visibilidade quase inexistente, mesmo com a aeronave encontrando-se em apenas alguns metros de profundidade, segundo especialistas. Pelo menos 14 indivíduos permanecem desaparecidos, enquanto vários corpos já foram recuperados após um avião com 64 passageiros de Wichita, Kansas, colidir com um helicóptero do Exército dos EUA que levava três soldados.
Apesar de a fuselagem estar relativamente próxima da superfície da água, as circunstâncias têm tornado o trabalho de recuperação extremamente complicado. Butch Hendrick, um instrutor de resgate e fundador do programa Lifeguard Systems de Nova York, explicou que “a lama intensifica o problema. A visibilidade severamente reduzida faz com que os mergulhadores busquem a aeronave quase pelo tato — como se estivessem lendo em braile. Além disso, eles lidam com uma fuselagem que está danificada”.
“A cada movimento que fazem, há o risco de encontrar novos obstáculos, perigos ou até mesmo se ferirem. Assim, é fundamental que mantenham a máxima cautela ao se mover dentro da aeronave”, acrescentou Hendrick, destacando também os perigos de contaminação por combustíveis e detritos presentes no rio. Ele ressaltou que os cintos de segurança das aeronaves, diferentes dos de veículos, são cintos de colo sem faixas para os ombros, o que significa que “os corpos podem não estar necessariamente em seus lugares originais”.