O governo mexicano está avaliando a possibilidade de iniciar um processo judicial contra o Google em razão da recente mudança na denominação do Golfo do México, que agora é chamado de Golfo da América, após um decreto assinado por um ex-presidente dos Estados Unidos. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, manifestou sua desaprovação em relação a essa alteração, afirmando que ela se refere exclusivamente à área da plataforma continental americana. Sheinbaum ressaltou que essa modificação na nomenclatura tem efeitos diretos sobre o território mexicano, o que fundamenta a resposta do governo. A presidente indicou que, caso o impasse persista, poderão ser tomadas medidas legais para salvaguardar os interesses nacionais.
A administração do México já tomou a iniciativa de encaminhar uma carta ao Google, na qual esclarece que a interpretação do decreto pela empresa está equivocada. Na comunicação, o governo argumenta que a decisão tomada pelo ex-presidente dos EUA se aplica apenas a uma porção restrita do Golfo, e não a toda a extensão marítima. Sheinbaum também sublinhou a relevância do Google como uma referência mundial em serviços de mapeamento, o que torna ainda mais crucial a análise dessa questão. A alteração da nomenclatura pode gerar confusão e desinformação quanto à geografia da área, segundo declarações da presidente.
Esse cenário levanta discussões sobre a soberania territorial e a influência de decisões políticas em corporações privadas. O governo mexicano está comprometido em defender seus direitos e a integridade de suas fronteiras, visto que a nomenclatura geográfica constitui um aspecto essencial da identidade nacional. As repercussões dessa situação podem afetar as relações entre o México e os Estados Unidos, além de envolver uma importante empresa de tecnologia em um debate sobre responsabilidade e precisão em suas plataformas.
